- 19 de novembro de 2024
Fatos de uma fatalidade
Crônica de má criação, caguetagem falsa ou errada, e fatalidade.
* Um jovem é preso pela Polícia Civil acusado de portar 19 kilos de skank, um tipo de supermaconha. Esse mesmo rapaz, em dezembro de 2016, foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal, com cacaína e esctasy, e por isso ficou preso quatro meses e responde ação penal por tráfico de drogas.
* Detido pela Polícia Civil, ele resolve entregar o suposto comparsa, mas acaba informando o quarto errado em um hotel.
* No quarto informado estava um policial rodoviário federal, e não o suposto comparsa. A Polícia promove abordagem. O policial rodoviário talvez tenha feito algum movimento de defesa pensando ser um assalto, e acaba sendo baleado, morrendo horas depois.
* A Polícia Federal entra no caso, e de acordo com investigação apura que o policial rodoviário nda tinha a ver com tráfico de drogas, e pede a prisão de seis pessoas entre elas, um delegado, agentes e suspeitos sob acusação de tráfico de drogas, organização criminosa, obstrução de justiça, tortura e fraude processual.
* Com essas seis prisões, mais a do jovem que forneceu a informação errada para os policiais civis, que culminou na morte do policial rodoviário, ficam questões no ar sobre a participação de cada um nesse imbróglio.
* Os fatos revelam as coincidências da vida. Um policial rodoviário federal prende um rapaz com cocaína e esctasy. Um ano depois, um policial rodoviário federal é morto, por indicação errada, do mesmo rapaz preso em 2016.
* O rapaz preso e que informou errado o quarto onde estaria um suposto comparsa, tem histórico, responde ação penal por tráfico de drogas, e não foi surpresa para a família, a julgar pelo o que a própria mãe postou nas redes sociais, ela lavava as mãos por ele ser 'egoísta', por fazer coisa errada, e digitou em caixa alta "PHODA-SE", pois ela tinha coisa mais importante para fazer: "vou aproveitar meu último dia em Brasília. Vida que segue". E o filho em Boa Vista, preso.