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ORACULO

A REVOLUÇÃO DE 1930


A Revolção de 1930
 

JOBIS PODOSAN

Segundo os anais da nossa História, a Revolução de 1930 foi o movimento armado, liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado de 1930, que depôs o presidente da república Washington Luís, em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e pôs fim à República Velha.

Em 1929, lideranças de São Paulo romperam a aliança com os mineiros, conhecida como política do café-com-leite, e indicaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em reação, o Governador de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Em 1º de março de 1930, foram realizadas as eleições para Presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o governador do estado de São Paulo, Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930 e foi exilado. Getúlio Vargas assumiu a chefia do "Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República Velha.

Já nessa época estava em plena atividade o pai do Fundador do fundador do Brasil, Aristides Inácio da Silva, que o Fundador só veio a conhecer quando tinha 5 anos, numa visita dele ao sertão. Três meses antes de o Fundador nascer, seu pai havia deixado a mulher e os filhos em Garanhuns (PE) para trabalhar no litoral paulista. Como seus ascendentes e o descendente famoso, Aristides usava barba e tinha a língua presa, perfil que veio a caracterizar o partido que viria a ser fundado pelo seu extraordinário filho.

Observador desatento da cena histórica, Aristides pouco viu e menos ainda compreendeu, mas soube – ao contrário do filho famoso que se tornou famoso exatamente por nada saber – que Getúlio Vargas gostava do poder, pretendendo nele ficar se possível para sempre. Aristides deu asas à imaginação, num sonho que acreditava impossível. Via, em seus devaneios, um filho cavalgando o Brasil, de esporas de prata e chicote laçador, todos se curvando à sua vontade. Viu Getúlio governar por decretos, ser ameaçado em 1932 pela revolução constitucionalista de São Paulo. Viu surgir no Brasil uma nova Constituição em 1934. Viu o golpe de 1937, quando o Pai dos Pobres deu ao Brasil uma nova Constituição, proclamou o Estado Novo e erigiu-se autoridade suprema da nação. Aristides pensou, pensou e perguntou-se: será que ainda nasceria no Nordeste um homem desses?

Viu Getúlio como capaz de fazer a felicidade do país e de esmagar seus inimigos. Viu um gaúcho baixinho, que iniciava seus discursos com a expressão “trabalhadores do Brasil”, seduzir a todos com promessas e depois descumpri-las conforme o seu interesse. Viu Getúlio ser capaz de enganar e mentir com a expressão inerte. Viu a invenção de um plano para enganar a opinião pública e dizer que o país corria perigo com o fim empolgar o poder absoluto, enfim, viu o filho que gostaria de ter, um homem que amava o seu país, mas que via claramente os inimigos da pátria e por eles não tinha compaixão, sentimento piegas, próprio de indivíduos que se atêm aos meios desprezando os fins.

Pensou num cavaleiro nordestino que olhasse os pobres e os visse. Sentisse as suas necessidades e trabalhasse com toda a sua força para atender suas penúrias de subsistência, de preferência que substituísse o sobreviver pelo viver, um tempo em que os brasileiros comessem três refeições por dia, tivesse acesso à dignidade, afastando os males terríveis dos mais pobres, principalmente no Nordeste, onde a seca era apenas um instrumento de poder político. Era um sonho sonhado por um só, naqueles tempos duros.

Aristides sofria os males nordestinos de sempre. Terra pobre, chuva escassa, necessidade de mudar. Mas era um homem do sertão, antes de tudo um forte, como afirmou Euclides da Cunha. Chegado a muita bebida e dado às mulheres, criou fama de femeeiro e pai de muitos filhos. Ao contrário de José, que partiu  para proteger o filho já nascido, que seria o Salvador da Humanidade, da perseguição de Herodes, Aristides partiu para São Paulo antes do Fundador do Brasil nascer, já concebido, mas ainda não nascido.

A história comprova o ato do destino e não do desatino de Aristides. Tivesse ficado em Garanhuns e o Salvador Brasil talvez tivesse perecido antes de salvar o Brasil de todos os erros que os antecedentes do fundador cometeram, inclusive  seu admirado Getúlio Vargas, jogado na vala comum do nunca antes na história deste país, segundo sentenciou o seu ilustre filho.

O menino Jesus, recém-nascido, foi visitado pelos três reis magos,  chamados Melquior, Baltasar e Gaspar que teriam vindo "do leste" para adorar o Cristo, "nascido Rei dos Judeus", com três presentes (ouro, incenso e mirra).

O “menino” Fundador e Salvador do Brasil, também nascido em casa pobre, migrou para o sul do Brasil para encontrar lá muitos mágicos que o ajudaram na tarefa de fazer deste país sofrido um lugar bom para se viver.

Ele acha que conseguiu.

 

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