- 19 de novembro de 2024
A FUNDAÇÃO DO BRASIL - O DESCOBRIMENTO
Jobis Podosan
Jesus fundou a religião cristã, uma das maiores do mundo. Conta-nos o evangelho de São Mateus que de Abraão a Jesus, passaram-se 42 gerações, assim distribuídas: desde Abraão até David, catorze gerações; de David até o exílio da Babilônia, catorze gerações; e, desde o exílio da Babilónia até Cristo, catorze gerações.
O Fundador do Brasil descende, diretamente, de um índio, que chamaremos de Abá Aîurú, que significa homem-papagaio em tupi-guarani, em homenagem a um seu descendente ilustre, que fundaria, 502 anos depois, o país nunca antes por ninguém imaginado. Dividiremos as gerações desde Abá Aîurú até Luiz Ignácio em 20 gerações, relacionando-as com alguns episódios precursores da Fundação do Brasil, que se deu no dia 1º de janeiro do ano de 2003.
O fundador do Cristianismo e o Fundador do Brasil nasceram em casas pobres, um fugiu da perseguição de Herodes e o outro da pobreza nordestina, ambos predestinados a grandes realizações O primeiro fundou uma religião, o segundo um partido político e um país, ambos dotados de grande sabedoria, sem que se saiba a origem humana delas, e ambos escolheram, sem ouvir ninguém, os primeiros sucessores de suas respectivas obras, tendo aquele acertado na escolha, apesar de negado três vezes e traído por um. O segundo escolheu a Dilma, que nunca ninguém soube quem é, e foi traído e por todos que o cercavam, ou traiu a todos, segundo estes.
Os historiadores apontam incertezas na genealogia apresentada pela Bíblia em relação a Jesus, aqui também não temos provas conclusivas da genealogia de Luíz Inácio, sabendo-se apenas que nasceu em 27 de outubro de 1945, filho Aristides Inácio da Silva e Eurídice Ferreira de Mello, na cidade de Garanhuns, em Pernambuco. Em 1956, a família mudou-se para São Paulo, passando a morar num único cômodo, nos fundos de um bar, no bairro de Ipiranga. As histórias aqui narradas se baseiam, fundamentalmente, na visão que o apóstolo brasileiro tem do seu passado em sucessivas gerações.
Relata-nos a história que antes da descoberta oficial do Brasil, já aqui tinham estado Duarte Coelho Pereira, em 1498 e Vicente Yáñez Pinzón, em janeiro de 1500. Mas história não conta que, mesmo estes precursores, não perceberam um indiozinho que, contra todas as expectativas, tinha barba, não tinha o dedo mínimo da mão esquerda e gostava de falar discursando. Não entendiam a linguagem do pequeno índio que, muitas gerações depois, daria origem ao Fundador do Brasil. O menino, em tupi-guarani confuso, murmurava jamais ter visto por aquelas paragens companheiros tão estranhos. Percebia apenas que desde aquela época, eles andavam sempre voltados para a direita. Estranhava, mas não sabia a razão. Cinco seculos mais tarde seu ilustre descendente os chamaria de “elites” ou “eles”.
Nos Seculos XIV e XV prosperavam as grandes navegações capitaneadas pelas duas principais potencias européias da época: Portugal e Espanha. No ano de 1500, no dia 22 de abril, a frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral chegou ao território que hoje chamamos Brasil, encontrando muitas riquezas e uma população nativa de indios, nome que, segundo alguns, tem origem no fato de que quando Colombo chegou na América e pensou que era as Índias chamou ou habitantes de índios. Mesmo depois da descoberta do equívoco, acabaram continuando a chamar os nativos de índios.
Os portugueses se apossaram da terra e passaram a explorá-la tendo os índios como força de trabalho. Isto e mais a exploração da riqueza que era levada para lugares estranhos, fizeram Abá Aîurú jurar, mesmo ainda menino, que um dia aquela exploração acabaria. Os ocupantes das treze caravelas, preocupados em escrever a famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, dando conta de um povo formado de pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas e de uma terra boa na qual em se plantando tudo dá, não prestaram atenção naquele indiozinho estranho, de voz rouca, que os olhava já com raiva.
No dia 26 de abril de 1500, num banco de coral na praia da Coroa Vermelha no litoral sul da Bahia, foi rezada uma missa de Páscoa, a primeira de tantas que desde então foram celebradas naquele que veio a tornar-se o maior país católico do mundo.
Abá Aîurú estava lá, olhava sem entender grande coisa e pensava: nunca antes, nunca antes, mas nunca antes o quê? O menino não conseguia completar o pensamento e ficava angustiado. Naquele tempo, Pindorama ainda não se chamava Brasil. Abá Aîurú e Nituna geraram Ajuricaba...