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Manifestação

Juízes e promotores protestam em Roraima contra pacote anticorrupção.


Apoio a pacote contra corrupção

Jackson Félix
Do G1 RR

Magistrasdos se reuniram na sede da Justiça Federal em Roraima (Foto: Jackson Felix/G1 RR)
Juízes e promotores se reuniram nesta sexta-feira (2) na sede da Justiça Federal em Roraima em um ato público contra a aprovação das emendas que alteram as medidas de combate à corrupção, aprovada esta semana na Câmara dos Deputados.
Entre as mudanças, está a retirada da tipificação do crime de enriquecimento ilícito e a inclusão do crime de responsabilidade a magistrados e membros do Ministério Público que cometerem algum tipo de abuso de autoridade.
 
crime de responsabilidade

O ato foi organizado Frente Associativa da Magistratura e do Ministério Público (Frentas) em Roraima, e teve a participação da Associação dos Magistrados de Roraima (Amar), Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Associação do Ministério Público Estadual, além de membros das magistratura estadual e federal, ministério público estadual, federal e do trabalho.
A manifestação, segundo os organizadores, reuniu cerca de 90 pessoas, segundo estimativa dos organizadores. Não havia polícia no local.
A ação teve início às 15h (17h de Brasília) com a leitura de uma carta aberta contra a corrupção e a impunidade e se encerrou por volta das 16h.
O texto foi lido pelo promotor de Justiça Evandro Cerutti, que destacou  a importância da independência da magistratura e do MP para a garantia da cidadania.
"A tentativa de calar o MP e a magistratura é também uma forma de tentar silenciar a sociedade, pois o MP é justamente a instituição responsável em promover as ações penais de combate a corrupção, e o Judiciário é o responsável por julgar e decidir as penas a serem aplicadas em caso de condenação. Então, é importante que a sociedade se mobilize nessa luta também", pontuou Cerutti.
De acordo com o presidente da Amar, juiz estadual Jarbas Lacerda de Miranda, o ato foi realizado para levar ao conhecimento da população o quanto a magistratura precisa da sociedade.
"Ela tem que ser vigilante, não só com os atos de corrupção dentro da magistratura, mas também de outros poderes", disse.
Ainda no ato, a representante da Ajufe em Roraima, juíza federal Luzia Farias Mendonça, destacou a importância do Judiciário.
"Quem controla os excessos de ordem política, social ou econômica é o Judiciário. Uma coisa é coibir excessos, outra, bem diferente, é tentar ameaçar, abalar, fragilizar, aniquilar a independência funcional inerte ao mister de investigar e julgar", frisou.

Outra campanha

Além do ato, a Amar juntamente com outros órgãos também fazem uma campanha de combate à corrupção e apoio à operação Lava Jato, com panfletagem nas principais avenidas da cidade.
"Se a sociedade se calar nesse momento, deixar a magistratura e o Ministério Público desamparados, quem vai perder é a própria população, porque o magistrado não vai ter segurança para decidir e MP nem pra investigar", declarou Miranda.

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