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Massacre

Garimpeiros mortos em área indígena de RR foram atacados a flechadas.


Flachadas matam garimpeiros

Emily Costa
Do G1 RR

Os seis garimpeiros mortos na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foram atacados a flechadas durante um confronto com índios da região Homoxi, segundo a Associação dos Povos Indígenas de Roraima Hwenama. Não se sabe o que gerou o conflito. No domingo (20), uma força tarefa deve ir à localidade para resgatar os corpos das vítimas.
O presidente da associação, Júnior Hekuari, disse que o confronto ocorreu no dia 1º de novembro, mas as mortes só foram confirmadas na última segunda-feira (14).
"Ainda não sabemos o motivo do confronto porque os índios da comunidade Xereu II, onde houve as mortes, disseram via rádio que só irão explicar o que de fato aconteceu quando formos pessoalmente à região", declarou Hekuari.

De acordo com Hekuari, os corpos dos garimpeiros estão em uma região de mata fechada, a cerca de 16 KM da comunidade Xereu II.
"Os corpos foram cobertos com folhas e aguardam remoção das autoridades. Demoramos a descobrir o que tinha ocorrido porque os indígenas da comunidade inicialmente negaram as mortes ", disse Hekuari.
O G1 tentou contato nesta sexta-feira com a Funai e a assessoria do MPF para saber quais providências serão tomadas frente ao caso, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Antes da confirmação das mortes, os garimpeiros eram considerados desaparecidos. No dia 9 de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) informou que estava investigando o caso e que teria pedido abertura de inquérito na PF.
Segundo familiares, os seis garimpeiros mortos foram identificados como: Raimundo Oliveira dos Santos, Hudson Fábio Monteiro, Leandro Rodrigues de Oliveira, Rarisson da Silva Pereira, Raimundo da Silva e Arthur Machado Cardoso. Eles atuavam ilegalmente na região.
A mulher de uma das vítimas contou à Rede Amazônica em Roraima que, apesar de viverem irregularmente na região, os garimpeiros tinham uma boa relação com os índios.
"Eles viviam amigavelmente. O tuxaua almoçava e ás vezes domia no mesmo barracão que eles", afirmou Francisca Belo.

Resgate de corpos

O chefe da Casa Militar de Roraima, coronel Nelson Silva, anunciou na tarde de quinta (17) que vai enviar enquipes da PM para auxiliar na busca pelos corpos dos garimpeiros no próximo domingo (20).
A equipe que irá à região terá integrantes da Polícia Federal, da Secretaria Especial De Saúde Indígena (Sesai), da Associação dos Povos Yanomami, Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto de Criminalística.

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