- 19 de novembro de 2024
Brasília - O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou nesta quinta-feira, dia 17, que serão suas prioridades estabelecer uma agenda conjunta entre as duas Casas e tentar regulamentar a tramitação das Medidas Provisórias. “A prioridade é votar uma agenda que restabelece a economia, que procure trazer de volta a segurança jurídica, que foi um dos males do governo do PT e harmonizar as votações de matérias na Câmara e no Senado”, afirmou o senador, em sua primeira entrevista coletiva à frente da Liderança.
Jucá ressaltou que o Senado não pode receber MPs vindas da Câmara com um prazo curto para perder a validade e que tem que se encontrar uma forma para agilizar a votação tanto nas comissões mistas como pelos deputados. “Todas as MPs estão chegando no sufoco, em cima do prazo. É muito importante que a partir do próximo ano, a gente construa um calendário de votação de interesses das duas casas, que possamos harmonizar a votação e, com isso, fortalecer o Congresso, o governo e a sociedade, que ganhará medidas para retomada do crescimento e emprego”, disse.
Jucá explicou que o convite foi feito pelo presidente Michel Temer , mesmo tendo uma linha do governo que gostaria que ele voltasse ao Ministério do Planejamento. “Quero aqui reafirmar que não fui demitido quando saí do Ministério. Eu pedi para sair, exatamente porque o governo estava iniciando e eu não queria colocar no governo qualquer tipo de discussão que atrapalhasse”, afirmou o novo líder. Jucá ressaltou também que, à época da saída do Ministério, pediu à Procuradoria Geral da República que se manifestasse se havia algum tipo de irregularidade ou de obstáculo de sua parte à operação Lava Jato. “Até hoje isso não foi respondido, mas nós continuamos cobrando. Eu tenho paciência parta aguardar a resposta. O presidente Temer então me convidou para ser líder. Eu aceitei e vou trabalhar com minha experiência no sentido de aprovar todas as medidas que possam reestabelecer o fortalecimento da economia, a segurança jurídica , e melhoria das condições da vida dos brasileiros”, disse.
Orçamento
Como novo líder do governo no Congresso, Jucá disse que a previsão é que o Orçamento Geral da União de 2017 seja aprovado no dia 14 de dezembro em plenário. “Claro que tem que ter o andamento na CMO, mas é muito importante que o Brasil possa iniciar 2017 com o orçamento pleno, bem feito, caracterizando a busca de um equilíbrio fiscal. Em 2017, teremos um déficit menor que este ano, sem fazer nenhum tipo de sacrifício demasiado que atrapalhe os investimentos na educação, saúde, programas socais e infraestrutura.