- 19 de novembro de 2024
Computadores nas comunidades
Os dois cursos oferecidos pelo Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (CAM-IFRR), por meio do Núcleo de Educação a Distância da unidade (Nead), ganharam reforço com a entrega, na última semana, de computadores e notebooks. Ao todo, serão 32 equipamentos para atender a seis dos sete polos de EaD nos cursos Técnicos de Informática e de Cooperativismo.
Nos três dias de viagem, de 9 a 11 de novembro, a equipe do Nead, acompanhada pelo diretor-geral do CAM, George Sterfson Barros, percorreu 856 km, sendo a maior parte estradas de terra, piçarra e desvios. Ao longo do percurso, a paisagem, formada por montanhas, rios, igarapés, pequenas cachoeiras, buritizais, animais e pela própria cultura indígena, foi um atrativo à parte.
Durante a viagem, quatro polos receberam equipamentos: o da sede do Município do Uiramutã, no norte de Roraima, e os localizados nas comunidades indígenas Araçá da Serra, Xumina e Raposa, no Município de Normandia, nordeste do estado. Todos estão dentro da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol.
As próximas visitas, previstas para as próximas semanas, serão ao Truaru da Cabeceira, Município de Boa Vista, e à sede do Cantá. Somente a sede do Amajari não vai receber computadores, pois possui estrutura disponível. Desde novembro de 2014, o Campus Amajari está presente nessas localidades.
No Uiramutã, a 271 km do CAM, o aluno do curso Técnico em Informática João Batista da Silva Filho, 42, nascido e criado na região, foi prestigiar a entrega ainda com a farda do trabalho. Bacharel em Teologia e técnico em enfermagem atuando no Serviço Móvel de Urgência e Emergência (Samu), ele destacou o momento como importante. “A chegada desses computadores é muito bem-vinda”, afirmou.
O tutor de Informática do Araçá da Serra, Alex Trajano Servino, e a aluna do Xumina, Luciane Marcolino, citaram que um dos grandes problemas para as aulas é a constante falta de energia, embora estas precisassem do reforço desse equipamento. Eles apostam que os computadores vão garantir uma melhor prática. “Agora deve ficar melhor, porque o que a gente tinha aqui era muito lento, o sistema operacional é Linux, e a gente utiliza a programação do Windows”, disse Alex.
Quase na reta final dos cursos, previstos para se encerrarem em junho de 2017, o diretor-geral do CAM agradeceu o empenho de cada aluno que segue firme para a conclusão. Essa foi a primeira viagem, depois de empossado como diretor-geral, que ele fez a essas localidades. “Agradeço cada voto que tive e quero dizer que os institutos federais foram feitos para chegar aonde tem mais necessidade, e é isso que estamos fazendo”, frisou.
O Campus Amajari leva cursos técnicos para sete polos, sendo que cinco funcionam dentro de comunidades indígenas. Pelos dados do Censo Escolar 2016, são 224 alunos matriculados.
Os equipamentos darão suporte às aulas, mas continuam sendo de propriedade do IFRR, devendo retornar ao campus após o término dos cursos. Os coordenadores de polos ficam responsáveis pelos equipamentos, que não poderão ser retirados do local onde ocorrem as aulas e serão de uso exclusivo para apoio a elas.