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Prisão

Liminar impede que presidente da assembleia de RR vá para presídio.


Jalser fica fora de presídio

Inaê Brandão
Do G1 RR

Uma decisão liminar da Vara de Execuções Penais garantiu que o presidente da Assembleia Legislativa de Roraima Jalser Renier (SD) continue cumprindo pena temporariamente no Comando de Policiamento da Capital (CPC), em Boa Vista.
Renier teve a prisão decretada pelo Superior Tribunal de Justiça no dia 7 de outubro e se entregou no Comando de Policiamento da Capital no dia 27 do mesmo mês. O deputado é condenado a seis anos e oito meses de reclusão por envolvimento no caso conhecido como 'Escândalo dos Gafanhotos'.
Conforme o Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), a decisão garante que o deputado fique por 15 dias no Comando da PM. A decisão, de caráter temporário, é do Juiz Substituto Auxiliar da Vara de Eexecuções Penais, Marcelo Lima de Oliveira. O tribunal não informou a data em que decisão foi proferida.
Conforme o próprio TJRR, sem a liminar, Reinier iria cumprir pena na Cadeia Pública de Boa Vista ou no Centro de Progressão Penitenciária.
Apesar de Jalser ter se entregado por vontade própria, sem a existência de guia de execução penal contra ele, segundo o TJRR, o tempo que ele já ficou preso será diminuido do tempo total da pena.
O parlamentar teve a guia de execução da pena expedida pelo TRF da 1ª Região no dia 26 do mesmo mês. No ofício que encaminha a guia, o desembargador federal Ney Bello informa ao STJ que o presidente da Assembleia deve "ser recolhido à penitenciária existente no Estado de Roraima".
Gafanhotos
Jalser Renier foi condenado pelo TRF1 a seis anos e oito meses de reclusão e a 443 dias-multa pelo crime de peculato no escândalo conhecido como 'Escândalo dos Gafanhotos'.
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Na petição em que pediu a condenação do deputado, o MPF explica como funcionava o esquema: "O então governador Neudo Ribeiro Campos distribuía quotas dos recursos federais aos seus afilhados  políticos, notadamente deputados estaduais e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, entre os quais se inclui o Deputado Estadual Jalser Renier Padilha".
Ainda conforme o órgão, cada beneficado era chamado pelo governador para uma reunião reservada na qual era definida a quota que seria recebida.
"Assim, cada beneficiado não sabia dos demais, nem quanto cada um recebia, formando-se quadrilhas autônomas", cita um trecho.
Jalser Renier recebia, segundo o MPF, tinha uma 'cota' de cargos no governo do estado em troca de apoio prestado ao ex-governador Neudo Campos (PP). Para receber o dinheiro, o deputado só precisava indicar os 'gafanhotos' que iriam integrar a folha de pagamento.
Outras prisões
Em maio deste ano, o ex-governador Neudo Campos se entregou na sede da Polícia Federal em Roraima após ficar cinco dias foragido. Ele foi apontado pelo MPF como mentor do esquema que ficou conhecido como 'Praga do Egito'. Atualmente, Campos cumpre prisão domiciliar.
No mesmo mês, outras seis pessoas também foram presas pela Polícia Federal por envolvimento no escândalo, entre elas a médica Suzete Macedo de Oliveira, esposa do senador Telmário Mota (PTB). Após a prisão ela foi liberada pela Justiça.

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