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Política

Jucá volta à liderança do governo no Congresso Nacional.


Jucá novo lider no Congresso

Demitido em maio do Ministério do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) vai assumir a função de líder do governo no Congresso Nacional, em substituição à senadora Rose de Freitas (PMDB-ES). Ele foi anunciado hoje 3 pelo governo.
 
A nomeação está prevista para a semana que vem, coincidindo com a tramitação no Senado da PEC do teto de gastos, que estabelece um limite para as despesas do governo federal. Jucá voltará ao posto que ocupou em todos os governos desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Desde que ficou claro que não seria mais possível a volta de Jucá para o Ministério do Planejamento, começaram as articulações para o peemedebista assumir a liderança do governo – que ainda está ocupada por Rose de Freitas.
 
A senadora do PMDB foi designada por Temer logo nos primeiros dias da gestão do peemedebista com o argumento de que, além de ter capacidade de articulação política, ela era mulher. O governo foi formado com carência de mulheres em cargos importantes.
 
A parlamentar capixada se inviabilizou na liderança do governo no início do mês passado, depois que subiu à tribuna da Câmara, em uma sessão do Congresso, para criticar a desmobilização da base aliada na sessão que analisava vetos presidenciais e pretendia apreciar a liberação de recursos para o Fies.
 
Irritada com o esvaziamento da sessão, ela reclamou nos microfones do plenário da ausência de governistas, disparando críticas, inclusive, para os líderes dos partidos aliados, já que a maioria deles não estava no Legislativo na reta final da sessão.

“O que não está correto é que vários líderes da base não estejam aqui para votar com os seus liderados. Não é só ser líder, é ser babá para acordar senador e deputado”, queixou-se Rose de Freitas à época.

Agora, a ideia é dar maior visibilidade a Jucá, que é o presidente em exercício do PMDB e tem planos de ser o sucessor de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. Porém, para a vaga já existe um nome posto, o do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE).
 
Eunício segue a mesma trajetória de Renan, que foi líder da bancada até se tornar presidente da Casa, cargo que já ocupou três vezes.

Uma eventual disputa entre Jucá e Eunício pelo comando do Senado não está nos planos do governo neste instante, menos ainda de Renan Calheiros.
 
O atual presidente da Casa tem dito a seus seguidores que a sua sucessão só deverá ser discutida a partir do ano que vem. O argumento é o de que não quer ser atropelado e nem ter seu poder esvaziado enquanto ainda está no mandato.
 
Mas ainda existem os que acreditam que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), poderá encontrar uma fórmula de se candidatar a um  mandato integral (o argumento é o de que agora ele cumpre mandato tampão), e isso também poderia beneficiar Renan Calheiros. É bom registar que esta possibilidade é muito remota.

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