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Apoio da bancada

Hiran apóia ato contra proibição de vaquejadas no país.


Vaquejada tem apoio de RR
 
Cerca de 3 mil vaqueiros e trabalhadores de vaquejadas de todas as regiões do Brasil organizaram nesta terça-feira, 25, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, um ato para protestar contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou inconstitucional a prática do esporte no país. Mais de 410 caminhões, 1,2 mil cavalos e 53 ônibus, segundo cálcu­los da Polícia Militar, lotaram as pistas de acesso aos ministérios e à Praça dos Três Poderes.
Os organizadores da manifestação alegam que a prática não significa maus tratos aos animais. Eles defendem que, além de elemento da cultural, a atividade é fonte de geração de emprego e renda, e medidas que garantam sua continuidade devem ser adota­das pelo governo. No último dia 6, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou incons­titucional uma lei do Ceará que regulamentava a vaquejada no estado. Com o entendi­mento do STF, a prática passou a ser ilegal, relacionada a maus-tratos de animais.
O deputado Hiran Gonçalves (PP/RR) foi o único parlamentar da bancada de Roraima a prestigiar o ato em defesa da vaquejada. Dirigindo-se aos vaqueiros do Brasil, do Nordeste e também de Roraima, presentes ao evento, ele argumentou que a vaquejada é um patrimônio do povo brasileiro e, por esse motivo tem que ser preservada e fomentada. “Nós estamos aqui para apoiar esse movimento de proteção à vaquejada”, afirmou, apresentando-se como um homem de Roraima e “amante dos rodeios e das vaquejadas que tanta alegria e progresso trazem para as regiões onde são realizados”.
Hiran Gonçalves assinalou que estava participando, com muito orgulho, do ato em favor da vaquejada em nome de toda a bancada federal de Roraima. “Vim aqui mani­festar o apoio incon­­dicional para essa que é uma das maiores manifestações esportivas, culturais e de geração de renda do povo brasileiro”.
A vaquejada é uma tradição cultural nordestina, mas realizada também em outras re­giões, na qual um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo dentro de uma área estabelecida e marcada por cal. Segundo as regras do esporte, a derru­bada só é considerada válida se o boi cair, ficar com as quatro patas para cima e se estiver na área delimitada. Dependendo do local da queda, pontos são somados para dupla. Segundo os manifestantes, 700 mil pessoas são afetadas direta e indiretamente pela proibição do STF.
A Associação Brasileira dos Vaqueiros (Abvaq), entidade que organizou o ato previsto para durar o dia todo e terminar com um show de música sertaneja à noite, manifestou, em nota, seu entendimento de que o governo deve tomar medidas para garantir a continuidade da vaquejada enquanto esporte e manifestação cultural, em vez de proibir sem discussão. A associação afirma que em primeiro lugar está o bem-estar dos animais.
De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha (Abqm) e a Associação Brasileira de Vaquejadas (Abaq), anualmente, são realizadas cerca de 4 mil vaquejadas no país, a maioria no Nordeste, que geram 700 mil empregos diretos e indiretos.
 

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