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7 de Setembro

Grito dos Excluídos sai às ruas e faz crítica ao capitalismo.


Movimento popular nas ruas 

Com o lema ‘Este Sistema é Insuportável: Exclui, Degrada, Mata’, baseado em um discurso feito pelo Papa Francisco na Bolívia, o tradicional Grito dos Excluídos pretende este ano criticar o sistema capitalista. O evento é organizado por movimentos sociais e pelas pastorais sociais católicas.
A 22ª edição do Grito, que vai ocorrer quarta-feira, 7 de setembro, em várias cidades brasileiras, pretende convocar a população para resistir à retirada de direitos sociais de um governo golpista. 
A programação local será uma caminhada que iniciará perto do monumento do Garimpeiro, na Praça Centro Cívico, às 7h30. Terá manifestação pacífica (gritos verídicos) na frente da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça e miniterminal do Centro. O ato público encerra no anfiteatro atrás do miniterminal, e depois de algumas falas será montado um símbolo para representar outros gritos do povo.
Para o coordenador das Pastorais Sociais, irmão Danilo Bezerra, o Grito provoca todos a serem profetas na denúncia da corrupção e dos projetos de lei que vêm para usurpar os direitos nas esferas municipal, estadual e nacional; no anúncio da justiça social e da vida; no testemunho da unidade entre os movimentos e organizações que sonham com outros mundos possíveis. “Não podemos ficar calados diante de políticos corruptos dos municípios de Roraima e do Brasil, que sem dó e piedade, usurpam o poder em vista dos seus próprios interesses”, disse.                        
“Em Roraima, vamos às ruas gritar com os indígenas e seus direitos; pelos direitos trabalhistas; pelo direito à terra junto aos camponeses e pequenos agricultores; com os imigrantes e suas demandas; pelo meio ambiente, a criação; pela segurança pública;  Por saúde e educação de qualidade;  contra o tráfico humano;  pela moradia e todo tipo de violência”, pontuou o coordenador.
Bezerra justificou alguns fatos que estão verdadeiramente retirando os direitos do cidadão. “O grupo político que está ‘assumindo’ ou usurpando o governo federal; a bancada B BBB - Bala, Boi, Bíblia e Bola do congresso nacional; os altos salários dos deputados estaduais e vereadores, que inclusive, manchete na mídia nacional”, pontuou.
O administrador Diocesano, padre Carlos Dallospedale, corroborou com as afirmações de Bezerra. “São muitas as conquistas sociais que foram efetivadas ao longo da história do nosso país a partir da participação popular, e o Grito dos Excluídos faz parte dessa história. Mas estamos vivendo um momento de desesperança evidenciado pela corrupção, por ameaças e perdas de direitos já conquistados”, avaliou. 
O padre lembrou-se das palavras ditas pelo Papa Francisco na sua Encíclica “a alegria do Evangelho, chega a dizer: não deixemos que nos roubem a esperança, por isso, talvez todos nós nos perguntemos o que fazer diante da atual situação”.
Segundo Dallospedale, o cristão e a pessoa comprometida com a vida jamais podem perder a esperança de sonhar e trabalhar na confiança de outros mundos possíveis, onde não haja injustiça e no qual sejam partilhados os frutos da terra e do trabalho humano.

 

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