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Pesquisa

“Tacaburi” é aprovado por servidores do Inpa durante degustação.


O tucupi já tem substituto
  
À base de buriti, cubiu e castanha da Amazônia o Tacaburidispensa o tucupi e se torna uma alternativa para consumidores com gastrite por seu baixo índice de acidez.

Na última quinta-feira, o técnico do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), o engenheiro florestal Afonso Rabelo, apresentou a versão final do Tacaburi em uma tarde de degustação a servidores do instituto. No Tacaburi, o tucupi é substituído pelo caldo composto por buriti, cubiu e castanha da Amazônia, oferecendo uma alternativa aos amantes da culinária regional que não podem consumir o tacacá tradicional por conta de alergia e pela acidez do tucupi.

Iniciado em 2009, os estudos com o buriti foram compostos por várias fases, incluindo pesquisas teóricas e trabalhos de campo, desenvolvimento de tempero e degustações, até chegar à versão definitiva. A meta de Rabelo e os companheiros é desenvolver 50 receitas com a polpa do fruto de buriti, fruto com potencial nutritivo, gastronômico e econômico.

“O tucupi usado no tacacá tradicional tem um nível de acidez que pode chegar a quase três, é o equivalente a um refrigerante de cola. Por isso, desenvolvemos esse produto para proporcionar uma alternativa para as pessoas que tem problemas alérgicos ou de gastrite”, destaca o técnico Rabelo.

Ainda segundo Rabelo, uma empresa já demonstrou interesse no produto. Além do caldo do Tacaburi, um molho de pimenta também foi desenvolvido com os mesmos frutos, acrescido de pimenta murupi e ervas amazônicas.

O tabacuri e o molho de pimenta chamam atenção pela inovação e pelo potencial econômico. Conforme o técnico, um litro do concentrado de buriti pode ser diluído em até três litros de água, o suficiente para preparar 50 cuias pequenas, que após retirados os custos com os produtos rende líquido para o produtor R$ 600. “Além do valor nutritivo, o Tacaburi é também um produto de alto valor comercial”, destaca.

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