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Penitenciária

Familiares de presos fazem protesto contra suspensão de visitas em RR.


Presídio tem manifestação

Inaê Brandão
Do G1 RR

 
Familiares de presos fizeram uma manifestação pacífica com cartazes nesta quinta (25) na via que dá acesso à Peniteniciária Agrícola, a maior unidade prisional do estado (Foto: Inaê Brandão/G1 RR)
Cerca de 30 familiares de detentos que cumprem pena na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista, fizeram uma manifestação nesta quinta-feira (25) na via que dá acesso à unidade prisional. Os familiares protestaram contra a suspensão das visitas e contra o remanejamento de detentos feito pela direção da penitenciária. A manifestação começou às 7h.
Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), as visitas estão suspensas na Peniteniciária e na Cadeia Pública de Boa Vista desde a terça-feira (23) em razão da situação de 'insegurança nas unidades prisionais do estado'.
O remanejamento dos detentos, feito na última segunda-feira (22), também gerou revolta entre presos da penitenciária e da Cadeia Pública.
Com o filho e o esposo detidos na penitenciária, a diarista Sandra Maria Lima Sobral contou que os detentos estão insatisfeitos com as mudanças de alas.
"Dizem que eles [presos] estão em rebelião, mas isso não está acontecendo. Eles só querem voltar para o lugar deles. Os que foram mandados para a ala 13 querem voltar para a 14", afirmou, acrescentando que os detentos não estão recebendo alimentação há quatro dias.
Os familiares fizeram a manifestação de forma pacífica e usavam cartazes onde pediam 'o fim da opressão' e a 'paz, justiça, liberdade e igualdade para todos'. "Queremos que os direitos humanos briguem por eles [presos] porque julgados, condenados e presos eles já estão", disse Sandra.
Em coletiva de imprensa, o secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Uziel de Castro Júnior, confirmou que mudanças na unidade geraram 'revolta' entre alguns presos. Entretanto, segundo ele, a situação deve ser normalizada ainda hoje.
O diretor da unidade prisional, João Passos, explicou que foi realizada na penitenciária o remanejamento de cerca de 200 presos que trabalham e estudam. A mudança ocorreu para facilitar o transporte diário dos detentos para a escola e trabalho.
"Para facilitar esse procedimento que é bastante demorado, colocamos todos os presos que estudam e trabalham em uma mesma ala. Antes a gente demorava duas, três horas para recolher todos e eles chegavam sempre atrasados", disse.
Na coletiva, o diretor da Cadeia Pública, Elizandro Diniz, também negou que os presos estejam sem receber alimentação.
"Os presos estão se recusando a receber a alimentação em razão do movimento que eles estão realizaram em atrito com a administração. A alimentação lá é de qualidade, as marmitas estão sendo entregues nas unidades prisionais, mas eles estão se recusando a receber", disse o diretor.

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