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Caso Gafanhoto

Ex-governador de RR passa mal em presídio e é levado para hospital.


Neudo passa mal em presídio

O ex-governador de Roraima Neudo Campos (PP) passou mal na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo e foi levado para o Hospital Geral na tarde desta quarta-feira (29), em Boa Vista Vista. Ele estava no presídio desde as 14h de terça (28), após determinação do juiz da Vara de Execuções Penais.
De acordo com agentes penitenciários da unidade, Campos passou mal logo após receber a visita da mulher dele e governadora do estado, Suely Campos (PP). Ao G1 o diretor da unidade prisional, Henrique de La Rocque, confirmou que ex-governador "passou muito mal e teve de ser levado às pressas ao hospital".
O ex-governador está preso há um mês, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal em Roraima. Campos chegou a ser levado para a delegacia da Polícia Federal em Pacaraima, mas após o TRF1 decidir que a execução da pena deveria ser determinada pela Justiça Estadual, ele foi reconduzido ao hospital Hospital Lotty Íris, em Boa Vista, onde ficou internado até a terça.
Internação
Neudo Campos foi internado no dia 30 de maio, após passar mal na Superintendência da Polícia Federal de Roraima, onde estava detido em cumprimento a mandado de prisão. Ele se entregou à PF no dia 24 do mesmo mês, depois de ter sido considerado foragido da Justiça.
O ex-governador passou três dias internado no Hospital Geral de Roraima e depois foi levado ao Lotty Íris. À época, a defesa do ex-governador informou que ele teve uma crise de ansiedade e ficou muito abalado ao saber que seria levado para cumprir pena em um presídio federal.
Ele chegou a ser avaliado por uma junta médica do Ministério Público Federal (MPF), entretanto, a instituição ainda não divulgou se há resultado.
Condenação
O ex-governador foi condenado a 10 anos e oito meses de prisão por envolvimento no esquema de desvio de verbas públicas conhecido como "escândalo dos gafanhotos", que consistia no cadastramento de funcionários “fantasmas” na folha de pagamento do Estado e do Departamento de Estradas e Rodagem de Roraima (DER/RR), para distribuição dos salários a deputados estaduais e outras autoridades em troca de apoio político.
Em fevereiro deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão de Campos com base no novo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de cumprimento da pena de prisão após decisão de segunda instância. Porém, ele conseguiu na justiça um habeas corpus que lhe assegurava a liberdade de locomoção.
Em abril, o MPF voltou a pedir a prisão dele por condenação em segunda instância em outro processo do "escândalo dos gafanhotos". O mandado de prisão foi derrubado por novo habeas corpus expedido pelo TRF1. No início de junho, o MPF pediu pela terceira vez a prisão de Campos. Cinco dias depois, ele se entregou à PF.

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