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Neudo Campos

Justiça concede habeas corpus a ex-governador


Marcelo Marques

Do G1 RR
 
De acordo com TCU, Neudo Campos pode se tornar inelegível nas eleições de outubro deste ano (Foto: Reprodução/ TV Roraima)
A desembargora federal Monica Sifuentes do Tribunal Regional da 1° Região, em Brasília, concedeu nesta segunda-feira (25) habeas corpus ao ex-governador de Roraima Neudo Campos (PP). Na quinta-feira (21), a Justiça Federal, por meio da 1ª Vara, mandou Campos cumprir a pena de 13 anos em regime fechado por desvio de dinheiro público. A ação é resultado de um processo do Ministério Público Federal (MPF) que o acusa de estelionato.
No despacho expedido na quinta, o juiz da 1ª Vara Federal, Helder Girão Barreto, emitiu o documento que encaminha o réu à prisão, em cumprimento de sentença, ordenando que  Campos inicie o "cumprimento da pena privativa de liberdade, da multa e pagamentos das custas".
Em novembro de 2003, ele foi preso e, no mesmo ano, foi solto por meio de liminar, segundo a guia de recolhimento emitida pela Justiça. De acordo com as investigações, Campos era responsável por inserir nomes de funcionários fictícios na folha de pagamento do Departamento de Estradas e Rodagem de Roraima (DER) e efetuar os saques em nome de terceiros.
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Segundo as investigações, no ano de 2002 foram desviados R$ 70 milhões oriundos de repasses de convênios da União ao estado de Roraima. O esquema gerou dano ao erário e enriquecimento ilícito de terceiros.
Marido da governadora Suely Campos (PP), o ex-chefe do Executivo Estadual foi nomeado em 2015 como 'consultor especial' no governo da esposa sem direito à remuneração.
Esquema dos Gafanhotos
Segundo as investigações, no ano de 2002 foram desviados R$ 70 milhões oriundos de repasses de convênios da União ao estado de Roraima. O esquema gerou dano ao erário e enriquecimento ilícito de terceiros.
De acordo com o MPF, Neudo era responsável por inserir nomes de funcionários fictícios na folha de pagamento do Departamento de Estradas e Rodagem de Roraima (DER).
Os valores dos salários eram sacados por terceiros, denominados 'gafanhotos', e repassados a políticos e conselheiros de contas da escolha de Campos, que usava uma empresa para a 'operacionalização do esquema'.
A sentença que estipulou a pena de 13 anos e quatro meses de prisão foi dada em julho de 2011 pelo juiz Marcos Vinícius Lipienski. Desde lá, os advogados de Campos entraram com diversos recursos à decisão, mas nenhum foi aceito, conforme a Justiça Federal.

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