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Maternidade

Mães em cadeiras no corredor de maternidade após dar à luz, em RR.


Situação crítica de hospital

Valéria Oliveira
Do G1 RR

Acompanhantes de mães que deram à luz na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth denunciam que, por falta de leito, as mulheres são internadas em cadeiras no corredor após o parto. Segundo relatos, na tarde desta quarta-feira (20), mais de dez pacientes teriam sido acomodadas em locais inadequados dentro da unidade, em Boa Vista.
De acordo com a mãe de uma paciente que está no corredor da Ala da Rosas, a filha deu entrada na Maternidade nesta madrugada e, durante todo o trabalho de parto, o hospital não teria disponibilizado nenhuma cama para a paciente após ela ganhar o bebê.

"Minha filha entrou sentindo com muitas contrações e não tinha onde colocá-la. Ela teve o bebê na sala de parto e depois foi 'internada' em uma cadeira que seria para os acompanhantes. Isso é um absurdo, os corredores estão lotados e se a gente reclamar, funcionários ainda nos tratam mal", diz.
Outra acompanhante relata que a cunhada também enfrenta a mesma situação.
"A mulher, mãe de 'primeira viagem', passa por um trabalho de parto de quase dez horas e, quando sai do quarto de parto, não tem um lugar adequado para ficar. Pior que não temos a quem recorrer, pois essa é a única maternidade", lamenta.
Conforme as denunciantes, os bebês também ficam no corredor junto com as mães. Há casos, segundo elas, em que o corredor das alas já estão cheios de cadeiras e as pacientes são internadas na passagem central da unidade.

"Transtorno momentâneo", diz governo

Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social do Governo do estado informou que nos próximos dias será inaugurada a Casa da Gestante, prédio anexo à Maternidade.
O local, segundo a nota, vai dispor de 30 leitos para receber mulheres com gravidez de alto risco e desafogar a unidade  que atualmente registra uma média de 30 nascimentos por dia, atendendo a demanda da capital, interior e países vizinhos, incluindo áreas indígenas. Diante disso, há situações em que os leitos se esgotam momentaneamente.
"Nestes casos, as pacientes, desde que suas condições clínicas permitam, são acomodadas em poltronas e, à medida que são dadas altas médicas, elas são encaminhadas para os leitos vagos. Neste momento, há três pacientes acomodadas em poltronas e nas próximas horas deverão ser conduzidas aos leitos", explica a nota.
Qualquer pessoa que se sentir prejudicada, segundo o governo, pode procurar a direção da unidade ou a Ouvidoria do SUS para esclarecimentos. "A maternidade lamenta o transtorno momentâneo, mas garante que nos próximos dias, com a abertura de novos leitos, poderá oferecer um atendimento cada vez melhor à população", finaliza.

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