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Médicos resistirão

Sindicato dos Médicos de RR diz que vai lutar por PCCR da categoria.


Médicos lutarão por PCCR

Inaê Brandão

Do G1 RR

Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (15), o novo presidente do Sindicato dos Médicos de Roraima, Samir Xaud, afirmou que a nova gestão tem como metas a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) dos médicos do estado e a busca por melhores condições de trabalho para a categoria. A cerimônia de posse de Xaud ocorre na noite desta sexta.
A valorização dos profissionais médicos foi um dos problemas da saúde na Amazônia apresentados pelo sindicato do estado, pela Federação Médica Brasileira e pela Federação Médica da Amazônia, durante a entrevista.
"Vamos reivindicar melhorias na qualidade de trabalho e a questão do nosso plano de carreira que a classe médica ainda não tem", disse Xaud, ao acrescentar que o projeto foi entregue à Secretaria de Saúde do Estado (Sesau) e a primeira reunião para tratar sobre o PCCR está prevista para a próxima semana.
"Vamos tentar fazer um trabalho de inclusão de todos os profissionais médicos ao sindicato para brigar pela nossa classe, nossos interesses e o da população em geral. Com a melhoria do sistema de saúde a gente tem condições de dar uma assistência melhor à população", afirmou Xaud.
O presidente da Federação Médica da Amazônia, Wilson Machado, destacou que a falta de um PCCR desestimula os profissionais a seguir a carreira pública. "O plano é um incentivo para que o profissional médico aceite ou deseje trabalhar no sistema público porque ele sabe que vai seguir uma carreira".
Problemáticas da saúde na Amazônia
Segundo o presidente da Federação Médica Brasileira, Waldir Cardoso, dois grandes problemas atingem a saúde na região amazônica: a falta de recursos e as áreas de difícil acesso.
Além disso, de acordo com Cardoso, a Amazônia tem como característica doenças próprias  da região o que implicaria na necessidade de um atendimento diferenciado com foco na atenção básica e na saúde da família.
Para Wilson Machado, o problema é agravado pelo desvio dos recursos da saúde e pela má gestão. Conforme ele, 30% do dinheiro destinado à área é desviado. Além disso, os responsáveis pela gestão dos recursos não possuem conhecimento técnico na área e são indicados levando em consideração somente acordos políticos.
Como solução, Machado apontou também o investimento na atenção básica, onde 80% dos problemas de saúde poderiam ser resolvidos com custo menor. "É muito mais caro construir um hospital do que um posto de saúde ou uma casa de estratégia de saúde da família. É muito mais barato manter uma equipe da estratégia cujos exames são baratos do que um hospital de alta complexidade".

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