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Retrocesso

Deputados de Roraima decidem por permanência de Secretário de Saúde.


Kalil continua secretário

Inaê Brandão
Do G1 RR

Com 13 votos a favor e 9 contra, os deputados da base governista conseguiram derrubar o relatório final da Comissão Especial Externa (CPE) criada para fiscalizar atos decorrentes dos decretos de situação especial de emergência na Saúde e Segurança feitos pelo governo do estado. A votação secreta foi realizada durante a sessão desta quarta-feira (25) na Assembleia Legislativa de Roraima.
Líder da base do goveno, o deputado Brito Bezerra (PP) afirmou que a Justiça foi feita com a votação. Segundo ele, o relatório aprovado pela comissão não possuía consistência e não poderia sugerir o afastamento do secretário.
"Nós tínhamos um relatório contrapondo, que era o da deputada Aurelina [Medeiros (PSDB)], que foi estudado e trabalhado. Os deputados tiveram conhecimento por esse relatório e votaram não", disse Brito.
O parlamentar reconheceu ainda que a base recebeu ajuda do G14, maior grupo de deputados da casa e que se denomina independente. "Houve voto dos deputados independentes contra o relatório. Não significa que eles estejam do lado do goveno ou contra o governo. O deputado tem a consciência de votar pelo certo".
'Fomos derrotados', diz líder do G14
O deputado George Melo (PSDC), líder do G14, orientou durante a sessão que os deputados do grupo votassem a favor do relatório dele. Apesar disso, alguns deputados não acataram a solicitação.

"Nós fomos derrotados. A minha posição era contrária [a final]. Eu manifestei antes da votação o meu pedido e tenho dito que o nosso grupo [G14] é independente. Em alguns momentos vamos vencer, em outros vamos perder. Isso faz parte do parlamento", afirmou.

Votação é preocupante

Relator da CPE, George Melo reafirmou a posição apresentada no documento e disse que vê o resultado da votação com 'bastante preocupação'. Segundo ele, os erros apontados no relatório-vista da deputada Aurelina não ocorreram.
"Nós tivemos todo o cuidado com aquele relatório. Eu não me surpreendo se amanhã a Polícia Federal (PF) invadir a Sesau e prender meia dúzia de pessoas. Eu e a comissão fizemos um trabalho extremamente respeitoso, com fatos claros. Não tem como aquilo ser questionado", disse.
Segundo ele, os problemas da Sesau são causados pela má administração. "Também não me surpreendo se amanhã não tiver remédio para as pessoas no hospital, hoje já não tem leito".

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