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Investimentos no campo

Cooperativas do Rio Grande do Sul têm interesse em produzir em Roraima.


Nova matriz econômica para RR

Dentro da agenda de visitas e captação de investidores, promovida pela Secretaria Extraordinária de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos, o estado do Rio Grande do Sul foi visitado na semana passada por uma equipe do governo de Roraima. Por lá, diversas cooperativas também conheceram melhor as vantagens da produção aqui no estado.
A primeira delas foi a Cotrisel (Cooperativa Tritícola Sepeense Ltda), empresa do município de São Sepé, fundada em 1957 e que hoje comercializa anualmente, cerca de três milhões de sacas de arroz, responsável por 50% do faturamento da empresa e fazendo da marca Sepé uma das mais consumidas no país.
O secretário de Articulação Institucional e Promoção de Investimentos, João Pizzolatti foi recebido pelo presidente, José Paulo Kramer Salerno e o diretor financeiro e comercial Pedro Milton Bolzan de Franceschi, da empresa Sapé.
Salerno destacou o faturamento da cooperativa (R$ 456 milhões, em 2014), cerca de 11% a mais que o ano anterior, trabalhando 80% com pequenos produtores. “No entanto os outros 20% responsáveis pelas maiores áreas, buscam situações mais favoráveis para a expansão da operação, já que o Rio Grande do Sul hoje vive numa situação que dificulta benefícios, como os apresentados pelo governo de Roraima”, destacou.
Na Camnpal (Cooperativa Agrícola Mista Nova Palma), no município gaúcho de Nova Palma a reação foi semelhante. O presidente da empresa, Euclides Vestena, apresentou ao secretário o faturamento de cerca de R$ 450 milhões em 2014, crescendo semelhantes 10% e passando pelos mesmos desafios do cenário gaúcho. “A combinação de incentivos fiscais, principalmente a desoneração do ICMS, e o valor baixo das terras, certamente atrairá alguns de meus produtores para uma visita a Roraima”.
Ainda no Rio Grande do Sul, Pizzolatti esteve em Espumoso, ao Norte do estado, em visita a Cotriel (Cooperativa Tritícola de Espumoso). A cooperativa faturou R$ 628 milhões em 2014, crescendo 13% em relação a 2013 e é a 192ª maior empresa de agronegócio do país, com mais de cinco mil associados, gerando 924 empregos diretos. O presidente Leocezar Nicolini destacou que hoje, 70% da colheita ocorre em um período de 15 dias. “A Cotriel busca modernizar a sua estrutura para acompanhar um bom ritmo de produtividade e as condições do clima roraimense, permitindo até três safras por ano no cultivo de arroz e de soja, nos interessa bastante. Essas informações serão levadas na próxima semana para a diretoria e aos associados”.
Na Coagrisol (Cooperativa Agroindustrial de Soledade), a 225 quilômetros de Porto Alegre, Pizzolatti conheceu mais da empresa que faturou cerca de R$ 476 milhões em 2014, com crescimento de 10% em relação a 2013. O secretário foi recepcionado pelo vice presidente, José Luiz Leite dos Santos, que se interessou pelas condições em Roraima, tirando suas dúvidas em relação a questões indígenas e de logística. “Não só vamos visitar o Estado para checar de perto as informações apresentadas pelo secretário, como vamos levar diversos outros empresários da cadeia produtiva”, garantiu Santos.
Em Santa Rosa, extremo Oeste do Rio Grande do Sul, Pizzolatti visitou duas grandes cooperativas: a Coopermil e a Cotrirosa. No primeiro compromisso, o secretário foi recepcionado por Joel Capeletti, Milton Racho e Sérgio de Oliveira, diretor presidente, gerente industrial e diretor de negócios da Coopermil (Cooperativa Mista São Luiz), respectivamente, que possui um quadro de 5.355 associados e faturou em 2014, R$ 558 milhões, com crescimento de 15% em relação a 2013, lucrando quase R$ 15 milhões.
Os interesses em Roraima foram além do arroz. A diretoria buscou informações sobre os mercados da soja, trigo, milho, leite, rações e Pizzolatti destacou a grande diversidade de solos, climas e relevos, com a possibilidade de implantação de supermercados e lojas agrícolas na região.
O último compromisso de Pizzolatti foi na Cotrirosa (Cooperativa Tritícola Santa Rosa Ltda.). O secretário foi recebido pelo gerente administrativo e financeiro Adair Antônio Galera.
A Cotrirosa surpreendeu em 2014 com um faturamento de 30% maior do que em 2013, crescendo 33% na comercialização de grãos em 23 unidades; 19% no setor de agroindústria; 49% nas vendas do atacado; 16% no setor leiteiro; 41% na rede de postos de combustíveis; 19% no setor de insumos agrícolas e 20% na prestação de serviços.
Diferentemente de outras reuniões, Roraima despertou interesse na cooperativa não apenas para o investimento de produtores individuais, mas pela própria implementação de uma filial no Estado. “A Cotrirosa vem se expandindo rapidamente e as condições apresentadas em Roraima se tornam atraentes pelo baixo custo da terra, apoio do governo estadual e incentivos fiscais”, destacou Adair.

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