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Em Brasília

Parlamentares defendem a ampliação da participação das mulheres na política.


Política com mais mulheres
 
Parlamentares discutiram o Pacto pelos Direitos das Mulheres, na tarde de ontem, 14, no Salão Negro do Senado Federal, em Brasília. O encontro foi organizado pela senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que aproveitou a presença de várias deputadas estaduais de todos os estados no Parlamento Federal,  para debater ações que buscam garantir uma participação maior das mulheres na política.
Conforme Vanessa, as mulheres ocupam apenas 10% das cadeiras do parlamento. Dos 513 deputados federais, apenas 51 são mulheres. Essa desproporção se repete nas casas legislativas estaduais e municipais. “Apesar de sermos a maioria da população brasileira. Apesar de sermos a maioria do eleitorado brasileiro, nós ocupamos em média, somente 10% das cadeiras do parlamento do nosso país. E preciso mudar essa realidade e ocupamos os espaços de poder”, afirmou a Vanessa.
A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) destacou que o Senado Federal aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (98-2015) que reserva a cada gênero um percentual mínimo de cadeiras na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas, na Câmara Legislativa do Distrito Federal e nas Câmaras Municipais, nas três legislaturas subsequentes.
“Essa PEC vai permitir que em 2018 nós tenhamos a obrigatoriedade de presença feminina em todas as instâncias políticas. Em 2020, nós teremos o mesmo percentual para vereadores. Aí, vai fazer muita diferença porque nós temos muitos municípios que não tem mulher vereadora. Essas cotas vão obrigar os partidos políticos a encontrar mulheres qualificadas porque a disputa vai ser acirrada. Dez por cento das mulheres mais votadas vão entrar. Depois será 12% e em seguida, 16%. Quando chegar 2030 acabou, pois e transitório”, explicou.
A deputada Lenir Rodrigues (PPS) discursou no encontro. Para ela, o lugar das mulheres é na política. Ela defende o sistema de cotas apenas como uma ação temporária.
“As mulheres já cansaram de esperar que essa participação na política seja efetivada por meio dos partidos. Infelizmente, isso não ocorre. Então, o sistema de cotas e para ‘forçar’ esse procedimento por um curto período, pois o certo é a mulher lutar pelo seu empoderamento. “Que as mulheres, venham para a política também. Vale a pena estarmos juntas e lutarmos por uma sociedade mais justa, humana e solidária”, defendeu a parlamentar.
O deputado Evangelista Siqueira (PT) também participou do encontro e declarou total apoio a ampliação da participação da mulher na política. Na Assembleia Legislativa de Roraima, a bancada feminina representa 12,5% e é representada pelas deputadas Angela Águida Portella (PSC), Aurelina Medeiros (PSDB), além de Lenir Rodrigues.

 

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