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Período seco

Estiagem de 2015 superou período egistrado em 1998.


Secura preocupa Defesa Civil

“A estiagem de 2015 superou em vários aspectos a de 1998, quando tivemos a maior eclosão dos maiores incêndios considerados os maiores incêndios florestais do século em se tratando de estados da Amazônia”. A declaração do secretário Executivo da Defesa Civil, coronel Cleudiomar Ferreira, chama a atenção para a mudança climática que Roraima está enfrentando nos últimos anos.
Segundo ele, em 1998, a falta d’ água não foi tão extensa como em 2015. No mês de março, começou a chover. Este ano, a partir de janeiro, já recebemos um período prolongado de estiagem que começou em setembro de 2014”, explicou.
Disse que este ano, não houve registro de chuvas intensas no período mais chuvoso. “No mês de junho, choveu abaixo da chamada normal climatológica. Em julho choveu um pouco mais, mas nada que amenizasse a situação. Em agosto e setembro, choveu 25 mm, quando o normal seria 100mm”, explicou coronel Cleudiomar, ao acrescentar que a previsão de chuva para o trimestre outubro, novembro e dezembro é de chuva abaixo da normal. Ou seja, até dezembro, as previsões meteorológicas é de pouquíssimas chuvas para o norte da Amazônia”, pontou.
Ele explicou que o El Niño é um fator que agrava, mas não se pode atribuir só ao fenômeno climático. “Ele agrava com certeza, mas atribuímos ao desmatamento como o grande responsável por esse período prolongado de estiagem”, disse.
Conforme ele, a maioria dos desmatamentos visa o plantio de pasto. Coronel Cleudiomar disse que os pequenos produtores desmatam para fazer as roças de subsistência para plantar a mandioca, o arroz, a banana, e em um segundo momento, vendem as áreas e o que se vê depois são extensas áreas com grandes pastagens, grandes fazendas. “E agora no lugar de igarapés, apenas depressões cobertas de capim sem uma gota de água”, confirmou.
Cleudionar ressaltou que a produção agrícola é necessária, mas reconheceu que os desmatamentos ocorrem sem a devida autorização e que, os responsáveis por essa situação prolongada e crítica, são os efeitos da ação humana. “Não vamos culpar o pequeno ou o grande produtor, todos são corresponsáveis”, complementou.
Outro problema são as queimadas em áreas de encostas de serras, porque a maioria desses igarapés nasce nas serras. “À medida que o fogo sobe nas áreas serranas, é muito difícil combater”, disse que com o tempo vão minando os olhos d’água que formam os igarapés.

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