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Presos na Venezuela

\"Estão muito abalados\", diz família de brasileiros presos na Venezuela.


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Emily Costa
Do G1 RR

"Eles estão muito abalados e preocupados", disse nesta terça-feira (22) a secretária Gracilene da Silva, mãe do brasileiro Kássio da Silva Almeida, de 25 anos, preso na Venezuela com a esposa Ana Cássia da Silva, de 18 anos, e o amigo Tássio da Silva Correia, de 22 anos. Os jovens foram presos no dia 8 de setembro após serem flagrados comprando gasolina em uma casa em Santa Elena de Uairén.
Em nota ao G1, o Itamaraty informou acompanhar o caso dos brasileiros por meio do vice-consulado em Santa Elena de Uairén e da embaixada em Caracas.
Segundo Gracilene, Kássio e Tássio estão em um presídio no sul de Ciudad Bolivar, na Venezuela, e dividem cela com detentos perigosos que cumprem penas por homicídio e tráfico.
"O meu filho e Tássio são suspeitos de cometerem crime ambiental e não deveriam ficar com esses homens. Então, eles estão tentando ser transferidos de cela, mas não conseguiram nada até agora", disse.
Gracilene contou que, apesar de estarem presos, os jovens "precisam o tempo todo de dinheiro". "Tudo é pago lá dentro do presídio. Eles têm que comprar a própria comida, a água, tudo", afirmou.

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A mãe disse ainda que os jovens sabiam que abastecer em local não autorizado é considerado crime ambiental na Venezuela, mas foram "vítimas de uma cilada".
"Eles tinham conhecimento de que é proibido, mas foram porque estavam precisando abastecer e voltar para Boa Vista. Além disso, um vizinho da casa onde eles foram abastecer chamou a guarda venezuelana, porque queria que o meu filho comprasse a gasolina dele. Como ele não quis, o homem fez a denúncia e meu filho, a esposa e o amigo acabaram presos", contou Gracilene.
Conforme a avó de Ana Cássia, Elena Carvalho, os jovens foram ao país para comprar fraldas e leite para a filha recém-nascida.
O preço médio do litro da gasolina em Roraima é de R$ 3,55 e na Venezuela custa 60 bolívares, o equivalente a R$ 0,40.
Brasileiros recebem assistência, diz Itamaraty
Ainda conforme o Itamaraty, "os brasileiros estão recebendo a assistência consular adequada ao caso. Funcionários do vice-consulado permanecem em contato com as autoridades locais e com os brasileiros, visando garantir que seus direitos, conforme estabelecidos pela legislação local, sejam plenamente observados".

Entenda o caso

Ana Cássia, Tassio e Kássio foram detidos no dia 8 de setembro em Santa Elena de Uairén, cidade venezuelana que faz fronteira com o Brasil. No momento da prisão, Ana e Kássio estavam com a filha, uma bebê de quatro meses. A neném foi entregue aos familiares e está em Roraima.
No momento da prisão, os jovens abasteciam o carro deles em uma casa não autorizada a vender combustível, o que é considerado crime ambiental no país. Por causa disso, eles foram detidos e levados a presídios em Ciudad Bolívar, na Venezuela. Eles mantêm contato com os familiares por meio de telefones de outros detentos.

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