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Corda bamba

Deputados devem analisar pedido de afastamento da governadora


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A representação formal por crime de responsabilidade protocolada pelo MPC (Ministério Público de Contas), na tarde de segunda-feira, 14, junto à Assembleia Legislativa de Roraima será analisada por uma comissão especial formada por sete deputados.

O MPC ingressou com ação por prática de crime de responsabilidade alegando a inconstitucionalidade na criação via decreto do cargo de consultor especial do ex-governador Neudo Campos (PP), marido da governadora. “Não satisfeita com tal aberração jurídica, retroagiu a criação do cargo ao primeiro dia de seu governo. A governadora rasgou a Constituição”, afirmou o procurador no documento. A comissão especial deve ser instituída pela Mesa Diretora depois que os líderes dos três blocos partidários da Casa sejam comunicados de forma oficial, e apontem os deputados que devem compor o grupo que vai analisar a ação.

As acusações foram lidas e apresentadas em plenário na manhã desta terça-feira, 15, a pedido do deputado Jorge Everton (PMDB), diante da plateia formada principalmente pelos profissionais da Educação que estão em greve.

Conforme a ação, a governadora retroagiu a nomeação de Neudo Campos para justificar os gastos do erário com o ex-governador sem que este possuísse qualquer vínculo com o governo, “cometendo crimes de peculato, emprego irregular de verbas públicas e formação de quadrilha”, explica o documento. Para o procurador, a criação do cargo com amplas atividades possibilitou a Neudo “governar” mesmo sendo ele, considerado pela Justiça, inelegível.

O documento cita ainda irregularidades em licitações e contratações de empresas feitas pela Secretaria de Educação, a manutenção de parentes em cargos de confiança, e a nomeação de João Alberto Pizzolati para o cargo de secretário extraordinário.

Para o líder do governo na Assembleia, deputado Brito Bezerra (PP), as acusações feitas pelo procurador tem cunho pessoal e tem por objetivo desgastar o Governo. “A governadora tem trabalhado de forma lícita. Inclusive essa questão foi judicializada e nada se comprovou contra a nomeação do ex-governador Neudo Campos. Ele tem experiência, foi governador duas vezes, deputado federal, está qualificado e trabalha de forma voluntária”, explicou.

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