CPI do futebol

Brasília - A CPI da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aprovou na manhã desta quinta-feira, dia 20, a quebra de sigilo das transferências bancárias e fiscais do atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero e do empresário do setor de turismo e eventos, Wagner José Abrahão.  A medida foi validada pelos senadores em requerimentos de autoria do senador Romário, presidente da Comissão.

A CPI também aprovou convites/convocações e solicitação de documentos para respaldar os trabalhos de investigação dos senadores. A CPI aprovou convites de uma série de jornalistas que fazem cobertura do futebol e que fizeram trabalhos de apuração nas possíveis irregularidades. “Estamos aprovando os requerimentos, mas as datas de convocação serão definidas de acordo com os encaminhamentos dos trabalhos”, afirmou o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI.

Os senadores ainda aprovaram a solicitação à Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro do Estatuto da CBF e de todos os contratos registrados pela mesma.

Documentos importantes serão solicitados à CBF como todos os contratos por ela firmados, atualmente em vigor, seja na cidade do Rio de Janeiro ou em quaisquer outras localidades, relacionados a patrocínio de suas atividades, publicidade, fornecimento de material esportivo, direitos de transmissão de jogos da seleção e dos campeonatos organizadas pela autarquia. Além disso, serão requeridos documentos sobre viagens, hospedagens, locação de bens moveis e imóveis e qualquer outro de importância comercial ou financeira.

Veja as pessoas que foram convidadas pela CPI:

- Cristian Corsi, presidente da Nike do Brasil

- Kléber Leite, presidente da Klefer, parceira da Traffic na compra dos direitos da Copa do Brasil;

- Eurico Miranda, presidente do Clube de Regatas Vasco da Gama, para falar das relações entre CBF, Traffic, Ricardo Teixeira, J. Hawilla e Kléber Leite;

- Loretta E. Lynch, procuradora-geral dos Estados Unidos, responsável pelo Fifa Case;

- Andrew Jenning, jornalista da BBC de Londres, autor dos livros “Jogo Sujo” e “Um jogo cada vez mais sujo”;

- Luiz Carlos Azenha, repórter da Rede Record de Televisão, coautor do livro “O lado sujo do futebol”;

- Amaury Ribeiro Junior, jornalista e coautor de “O Lado Sujo do Futebol”;

- Tony Chastinet, jornalista e coautor de “O Lado Sujo do Futebol”;

- Leandro Cipoloni, repórter da Rede Record;

- Lúcio de Castro, jornalista da ESPN;

- Wagner José Abrahão, empresário do setor de turismo e eventos;

- deputado federal Silvio Torres, relator da CPI da CBF/Nike, que foi realizada na Câmara dos Deputados;

- ex-senador Geraldo Altoff, relator da CPI do Futebol realizada no Senado Federal em 2000/2001.