Educação

Izaias pede fim da greve 
 
A greve dos professores indígenas e não indígenas, deflagrada no último dia 10, continua em debate na tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Na manhã desta quarta-feira (19), o deputado Izaias Maia (PRB) pediu para que acordos fossem feitos com intuito de não prejudicar ainda mais a educação em Roraima com essa paralisação.
Maia solicitou entendimento entre os grevistas e o Governo para que ninguém saia mais perdendo. Refletiu sobre a situação dos indígenas do Estado como de sofrimento e miséria e comparou o atual momento como um cabo de guerra.
Solicitou ao líder da base governista na ALE-RR, Britto Bezerra (PP) a viabilização de um entendimento entre as categorias. Maia acredita que todos os parlamentares são unânimes a favor dos povos indígenas e de uma educação de qualidade para o roraimense.
Bezerra pediu aparte e destacou os principais pontos debatidos pelo Governo durante a greve. Dentre as reivindicações dos indígenas estaria no aumento do valor per capta por aluno para merenda escolar. “A governadora já sinalizou positivamente e já aumentou a renda per capta”, disse. Segundo ele, a chefe do Executivo mandou designar servidores para atender as escolas em comunidades indígenas nos serviços de apoio em cumprimento a outro ponto da pauta da greve.
No plenário havia um grupo de estudantes indígenas que acompanhavam de perto os discursos. O pepista falou sobre o Plano Estadual de Educação 2014-2024 e do pedido de inclusão do eixo Educação Indígena no documento. “Os pontos questionados pelos indígenas estão equacionados, o único que não foi equacionado foi com o Sinter [Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima]”, revelou.
Brito anunciou que na próxima terça-feira (25), a governadora Suely Campos (PP) estará em reunião com o Sindicato para tratar sobre o pagamento das progressões horizontais e verticais. Alegou que esse diálogo permanecerá em aberto mesmo que a justiça tenha condenado a manifestação para ilegalidade.
Em relação ao pedido de exoneração da titular da Secretaria Estadual de Educação e Desporto (SEED), Selma Mulinari, Bezerra afirmou que o Governo não aceita pelo fato de não se tratar de cunho técnico, mas sim político. “Isso está fora de cogitação. Quero dizer que a exoneração não estava na pauta de reivindicação apresentada na audiência de conciliação no Tribunal de Justiça porque não era uma pauta técnica”, concluiu.
Para concluir a linha de raciocínio, Maia destacou a fala de Bezerra e enfatizou: “A governadora não vai exonerar a irmã dela do cargo de secretária de educação”. Antes de encerrar, o deputado perguntou à platéia, “a manifestação de vocês vai continuar?” e recebeu como resposta um sim.