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CPI do Futebol

Jucá pede todos os contratos da CBF com as empresas ISE e Plausus.


Órgão vê contratos da CBF

A Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) instalada para investigar possíveis irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se reuniu nesta terça-feira, dia 18, para ouvir três dos maiores jornalistas brasileiros especializados no assunto. Com base nos depoimentos, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou requerimentos solicitando todos os contratos referentes aos amistosos da seleção brasileira realizados desde 2002, após a conquista do pentacampeonato mundial. A CPI investiga os acordos comerciais entre a CBF e as empresas ISE e a Plausus, responsáveis pelos jogos da seleção desde a temporada 2006. Os requerimentos serão colocados para análise nesta quinta-feira, em uma nova sessão da CPI. “Todas as empresas envolvidas com a entidade serão investigadas na hora certa”, afirmou o relator

Em maio deste ano, o jornal O Estado de S.Paulo revelou acordos entre a CBF e essas empresas. De acordo com a reportagem, a entidade de Marco Polo del Nero, antes comandada por José Maria Marin, preso na Suíça, e Ricardo Teixeira, investigado pelo FBI, "vendeu" a seleção a parceiras, com lucros exorbitantes para seus agentes.

Essas reportagens foram assinadas pelo jornalista Jamil Chade, que participou da audiência no Senado, acompanhado de outros profissionais da imprensa. Os membros das CPI querem se debruçar sobre os documentos fornecidos pelos jornalistas. O senador Jucá também vai pedir todos os valores que envolveram essas partidas amistosas, como cotas e bilheterias. “É importantes termos todo o fluxo financeiro da CBF com essas empresas, além de saber quais são os custos da CBF e quanto foi auferido em rendimentos”, explicou Jucá.

O jornalista Juca Kfouri disse que, apesar de cético como profissional, espera que a CPI desta vez possa revelar essas movimentações dentro da CBF. “Há 40 anos, eu era uma voz solitária que relacionava corrupção ao futebol. Sempre fui acusado de problemas pessoais. Os problemas da CBF são estruturais”, disse o jornalista. José Cruz, também um periodista especializado, disse que não é natural que uma confederação tenha apenas 4 comandantes em 60 anos de existência. “Eu corroboro com as colocações dos jornalistas, estamos aqui para agregar capacidade operacional a estas investigações”, afirmou Jucá.

 

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