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Ação Parceira

Distrito Industrial terá produção de carvão sustentável.


Carvão produzido no DI

A produção de carvão no Distrito Industrial Aquilino Mota Duarte, passará a contar com novos equipamentos que reduzirão o impacto ambiental durante o processo de produção. A empresa responsável pela instalação e fabricação do maquinário necessário, apresentou o projeto de parceria para a Seplan (Secretaria Estadual de Planejamento e Desenvolvimento) em uma reunião com a Unicarvão, cooperativa dos carvoeiros em Roraima. O início das atividades está previsto para o primeiro semestre do próximo ano.
O titular da Seplan, Alexandre Henklain, informou que umas das principais preocupações do Governo, é criar um ambiente favorável ao desenvolvimento, aos negócios e ao empreendedorismo. “O que nós queremos fazer é uma aproximação entre entidades, empresas e instituições, que oferecem tecnologia para pequenos e médios empresários que precisam dela para melhorar aumentar a produtividade, atendendo a legislação”, destacou o secretário.
Segundo ele, ao longo dos anos, os carvoeiros têm sofrido pela atividade resultar em problemas ambientais e por questões trabalhistas difíceis de serem resolvidas, o que acaba acarretando no baixo faturamento para o setor. “Nós estamos apresentando uma solução tecnológica, que além do carvão, também fornece diversos subprodutos. Com essa tecnologia iremos aproveitar até a fumaça para a fabricação de combustível e outros produtos. Com este incentivo as empresas irão aumentar o faturamento, fazendo o setor produtivo crescer, proporcionando uma maior arrecadação de tributos”, explicou.
Um dos requisitos para que o novo maquinário entre em funcionamento é a licença ambiental. O diretor da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Rogério Martins, informou que a emissão do documento é de responsabilidade da prefeitura, mas adiantou que todo o processo será acompanhado pelo Governo do Estado. “A Fundação fornecerá todo o aparato legal e institucional para que possamos recuperar essa área, pois esta é uma das exigências”, disse.
Segundo o presidente da Unicarvão, Atanísio Morais, os carvoeiros procuravam por novas tecnologias há mais de seis anos. “Essa era uma exigência para que nós trabalhássemos de forma legal. Quando tentamos emitir a licença junto aos órgãos competentes fomos impedidos por uma série de fatores. Essa parceria será a solução para os nossos problemas”, observou.
COMO FUNCIONA – O assessor da Adessco, empresa responsável pelas tecnologias, Natanael Ferreira, explicou como maquinário irá funcionar. “Durante o processo de fabricação, iremos eliminar em 100% a emissão de fumaça. Ela será reaproveitada para produção de subprodutos. Hoje 60% da madeira que entra nos fornos, é jogada fora em forma de fumaça”, detalhou.
Segundo ele, a fumaça será condensada e transformada em metanol, que é um combustível, e em óleo de pirólise, que é um defensivo agrícola e em alcatrão que é utilizado na indústria química. O novo maquinário também reduzirá o tempo de produção. “Atualmente, um forno leva cerca de 12 dias para completar o ciclo, desde a fase de carbonização até o resfriamento. Com essa nova tecnologia, esse tempo reduz para 12 horas”, explicou Ferreira.

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