00:00:00

Teatro

Companhia de teatro de Manaus inicia turnê nacional com apresentação em BV.


Comédia inicia por BV

Criada em 2006 na cidade de Manaus, a Cia de Atores Escalafobéticos desenvolve desde 2008 um trabalho voltado para a vertente da comédia e do humor dentro do campo teatral, já tendo se apresentado para mais de 80 mil espectadores durante estes anos e se apresentado em mostras e festivais em Curitiba, Rio de Janeiro, Fortaleza, além de Manaus e cidades do interior do Estado do Amazonas.
A partir do próximo final de semana, a Companhia inicia uma turnê pelas capitais da região Norte brasileira, projeto aprovado no Ministério da Cultura /Funarte (Fundação Nacional das Artes), por meio do Edital Funarte Artes na Rua 2014. A turnê terá início pela capital Boa Vista (RR), onde a trupe se apresentará no domingo, dia 16, na Praça do Mirandinha às 17 horas. A turnê se estenderá até o mês de outubro, quando a companhia deverá ter passado também por Belém (PA), Macapá (AP), Rio Branco (AC), Porto Velho (RO), fechando o ciclo com uma apresentação especial do espetáculo em Manaus (AM).
Para a turnê, os Escalafobéticos prepararam um espetáculo inédito escrito por Arnaldo Barreto. Na trama, Maroca Pipoca, interpretada pelo ator e humorista Wallace Abreu, é dona de uma famosa fábrica de pipocas, que terá um fim trágico ao ser morta envenenada. A morte da matriarca fará que seus herdeiros, Carlita (Eduardo Gomes), Firmino (Omã Freire) e Sandorval (Branco Souza) iniciem uma verdadeira guerra pela herança de Maroca. Isso trará à tona vários segredos ocultos e revelações desta família, com a promessa de boas gargalhadas ao público.
“Este trabalho marca o amadurecimento técnico e artístico dos Escalafobéticos, pois será a primeira vez que encenaremos um espetáculo cômico que não seja formado por esquetes (cenas curtas) ou embasado pelo improviso, mas certamente toda nossa experiência anterior contribuiu bastante para este trabalho”, relatou Eduardo Gomes, que está no grupo desde 2009.
“Embora tenhamos uma experiência na comédia, este novo trabalho está sendo um grande desafio para a Companhia, principalmente por ser nosso primeiro trabalho de teatro de rua, um gênero com características muito próprias. Embora, por diversas vezes, Tenhamos nos apresentado em praças e logradouros públicos, precisamos nos debruçar sobre este gênero para oferecer um bom espetáculo ao público”, salientou o ator Omã Freire.
O intérprete de Maroca Pipoca, Wallace Abreu, também diretor do espetáculo, destaca a importância deste momento para a Companhia. “Fazer teatro na Amazônia é uma prática difícil, tanto pela falta de incentivos, quanto pela dificuldade de acesso à região. Essa aprovação junto ao Ministério da Cultura/ Funarte nos proporciona uma oportunidade única de poder levar nossa arte aos demais estado da região, possibilitando uma troca e ampliando nosso campo de atuação”, ressaltou Abreu.
FORMAÇÃO - Além das apresentações do espetáculo, o projeto prevê também a realização gratuita de oficinas de formação para atores e não atores. Em Boa Vista as oficinas serão realizadas em parceria com o IFRR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima) e serão realizadas no sábado, dia 15, de 8h as 12 horas e de 14h as 18 horas. Dentre as oficinas que estão sendo ofertadas gratuitamente a população estão a “Oficina de preparação corporal para atores e não atores”, que será ministrada pelo ator e bailarino Branco Souza, e a “Oficina literária de criação dramatúrgica”, ministrada pelo diretor e ator Wallace Abreu.
“As oficinas funcionam como uma forma de retorno social à população das cidades por onde passaremos, considerando que recebemos investimentos públicos para o desenvolvimento deste projeto. Esta também é uma forma de deixar um pouco do conhecimento teórico e prático que adquirimos durante estes anos de experiência artística”, destacou Souza.
Para Wallace Abreu, a realização da “oficina literária de criação dramatúrgica” será o momento de repassar todo o conhecimento acumulado durante o desenvolvimento de sua dissertação de mestrado dentro do PPGSCA (Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia) da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
“Nos últimos dois anos me mantive focado do desenvolvimento de um estudo sobre a produção dramatúrgica de um autor amazonense. Esse processo me fez amadurecer consideravelmente quanto ao entendimento da criação literária dramatúrgica, embora este tenha sido um dos meus focos de interesse desde o início da minha carreira artística. Certamente será uma importante troca com pessoas que também têm interesse ou curiosidade por este campo artístico”, afirmou Abreu.

Últimas Postagens