Humanização

Música alegra pacientes 

Quem nunca se sentiu mais alegre e animado quando começou a tocar sua canção preferida ou colocou uma música calma para relaxar? Sabendo como este recurso faz bem para a alma e consequentemente para o corpo, profissionais do HGR (Hospital Geral de Roraima), em parceria com músicos voluntários, iniciaram um projeto para utilizar a música como elemento terapêutico no ambiente hospitalar.

Juntas, letra e melodia atingem diretamente a região do cérebro responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade, contribuindo para a socialização e até mesmo aumentando a produção de endorfina. Por isso, pode ser usada no combate à depressão, ao estresse, à ansiedade e contribui no alívio dos sintomas de outras doenças.

Um dos idealizadores do projeto, o fisioterapeuta Thiago Reis explicou que a ideia surgiu da necessidade de estimular a autoestima dos pacientes, o que provoca uma melhor aceitação ao tratamento, contribuindo assim para a eficácia do tratamento. “Na UTI [Unidade de Terapia Intensiva], onde o projeto começou, notamos que pacientes que muitas vezes ficam mal humorados, com a autoestima abalada, passaram a aceitar melhor o tratamento. O clima na unidade, que geralmente é mais tenso, passou a ficar mais leve depois dessa ação”, explicou ao acrescentar que os efeitos positivos atingem até mesmo pacientes sedados. 

Com um violão, um ukulele e a voz, o músico Fábio Thomaz toca músicas que falam de alegria, de esperança e que levam uma mensagem de otimismo aos pacientes. “Muitos não conseguem falar, mas às vezes, só com os olhos, demonstram a emoção causada por meio da música. É uma sensação muito gratificante vir aqui e passar uma mensagem de esperança para estas pessoas”, contou.

A iniciativa tem sido cada vez melhor recebida pelos pacientes que participam, sugerem músicas e aplaudem. A intenção é que as apresentações ocorram pelo menos uma vez por semana, passando pelas diversas enfermarias da unidade. Além dos pacientes, os funcionários também elogiaram a iniciativa. “Estas ações são bacanas. Eu gostei bastante e espero que tenha mais”, disse o paciente Francisco Silva.