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Saúde em Roraima

Cirurgias aumentam mas dependem de estoque de sangue.


Sangue para as cirurgias

Uma notícia positiva para o setor Saúde do estado - realizada por esta gestão – é que o comprovado aumento a demanda por sangue em Roraima, está diretamente ligado à quantidade de cirurgias que vêm sendo realizadas. Com o mutirão de cirurgias de caráter não emergencial realizado pela Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), a quantidade de procedimentos realizados cresceu consideravelmente este ano.

“De janeiro a dezembro de 2014 foram realizadas cerca de 500 cirurgias gerais, especialmente de hérnia e vesícula, e de março a julho deste ano, quase 800 pacientes já foram operados", informou o cirurgião geral, Tamam de Assis Pinheiro.

Mas explica que a realização dessas cirurgias está diretamente ligada ao estoque de sangue. “Antes de realizá-las, precisamos ter, pelo menos, três bolsas como garantia, caso haja sangramento do paciente. O procedimento só acontece se tivermos esse estoque”, pontua.

Segundo o especialista, a maior demanda do estado é de cirurgias de vítimas de acidentes de trânsito, especialmente motocicletas. E ele alerta: “A doação deve ser realizada como se fosse a nós mesmos ou a alguma pessoa próxima, pois todos estamos sujeitos a situações que precisemos receber sangue. E, nessas situações, o tempo é fundamental, pois quanto maior tempo da falta de oxigênio no organismo, maior deve ser o dano ao organismo”, observou.
 
Garantia de vida

Dizer que doar sangue é doar vida não é nenhum exagero, afinal, a oxigenação das células do organismo do ser humano é função desse líquido vital. Por isso, o ato da doação é tão importante. Para qualquer procedimento cirúrgico de emergência ou procedimento que possa acarretar perda de sangue é necessário ter estoque na quantidade ideal e naquele momento que o paciente necessita para preservar a vida dele.

Em média, 10% do peso corporal do ser humano é composto de sangue, ou seja, uma pessoa de 70 quilos tem no corpo cerca de sete litros de sangue. E como explica o cirurgião geral, Tamam de Assis Pinheiro, uma pessoa precisa dessa reposição diante de qualquer situação de perda de grande volume sanguíneo, ou seja, em média, a partir da perda de 1.000 mililitros de sangue.

“Para iniciar o procedimento cirúrgico, precisamos ter uma reserva de três bolsas de sangue, cada uma com 250 mililitros, ou seja, 750 mililitros de sangue. Mas a quantidade necessária depende muito do procedimento e da quantidade de sangue perdida - quanto mais invasivo o procedimento, mais sangue é necessário. Há pacientes que utilizam até 20, 30 bolsas”, explicou o cirurgião.

Ele detalha ainda que as hemácias – os glóbulos vermelhos do sangue – têm a função de fazer o transporte de oxigênio pelos diferentes tecidos do corpo humano. “Por isso, garantir a reposição de sangue na quantidade adequada e naquele momento que o paciente precisa é fundamental para manter a oxigenação e a vitalidade dos órgãos. Caso isso não aconteça e o paciente não receba sangue, ele pode morrer”, explicou Pinheiro.

DOAÇÃO 

Podem doar sangue pessoas entre 16 e 69 anos, porém os menores de idade precisam estar acompanhados dos pais. Os doadores devem pesar mais de 50 quilos e estar em boas condições de saúde.

É preciso ter uma boa noite de sono e no dia da doação tomar um café da manhã reforçado. Também é necessário levar documentos com foto para que a doação seja oficializada.

O horário de funcionamento do Hemoraima (Hemocentro de Roraima), localizado na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, número 3.418, bairro Aeroporto, é das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, de segunda sexta-feira.

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