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Defesa animal

Aderr tenta identificar e impedir avanço de doença viral em reses.


Doença viral ataca rebanho
 
Depois de ser notificada sobre uma doença vesicular – uma doença viral ainda não identificada - na Comunidade Terra Cruz, em Normandia, a Aderr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima) atuou de imediato e interditou a propriedade há pouco mais de uma semana, assim que foi informada sobre os sintomas dos animais, além de realizar um trabalho nas comunidades no entorno para verificar a possibilidade de o vírus ter se espalhado.

Após verificar que o rebanho começou a apresentar sinais como salivação excessiva, apatia e caminhar mancando, criadores da Comunidade Terra Cruz dirigiram-se ao Escritório da Aderr, em Normandia, no último dia 2, para notificar o órgão sobre o que estava acontecendo com o rebanho. Imediatamente, técnicos da Agência foram até o local e interditaram a propriedade.

Por meio de um exame, foi comprovado que se tratava de uma doença provocada por um vírus. Porém, como explicou o diretor do Departamento de Defesa Animal da Aderr, Vicente Barreto, apenas quando sair o resultado do segundo exame realizado, que será enviado para um laboratório em Minas Gerais nesta segunda-feira, dia 12, será possível saber realmente qual a doença viral que está acometendo o rebanho.

“O resultado deve sair em até 48 horas, mas, pelo exame clínico que realizamos, está praticamente descartada a Febre Aftosa, tendo em vista que o vírus também está acometendo os equinos e a Aftosa não é identificada nesses animais”, explicou Barreto.

A partir da confirmação de qual é a virose, será possível tomar as providências necessárias. “Confirmando que realmente não se trata da Febre Aftosa, o que será confirmada após o resultado do exame em laboratório, iremos fortalecer o organismo dos animais e manter a propriedade interditada até que o vírus encerre o ciclo”, esclareceu o diretor.

Para isso, é importante ter certeza de que esse vírus não se espalhou para comunidades vizinhas. Dessa forma, nesta última sexta-feira, dia 10, técnicos da Aderr estiveram na Comunidade Linha Seca – onde vivem 13 famílias indígenas - para fazer uma análise clínica do rebanho bovino e dos equinos para avaliar se estes apresentam características físicas que pudessem gerar a suspeita de que o vírus pudesse ter se espalhado. “Não identificamos nenhum sinal do vírus nessa propriedade”, garantiu Barreto.

Porém, a equipe continuará o trabalho na próxima semana, quando essa análise clínica será realizada na Comunidade Reforma. As duas comunidades estão distantes cerca de 20 quilômetros daquela onde foi identificado o vírus.

“A ação imediata da Aderr é muito importante para identificar, tomar as providências necessárias o mais rápido possível e conter o avanço da doença”, explicou o diretor, que completa: “Mas, para isso, precisamos do apoio dos criadores em notificar a Aderr caso perceba qualquer sintoma nos animais. Percebemos que os criadores estão cada vez mais conscientes e atentos”, pontua.

Barreto alerta que as consequências podem ser sérias, caso o produtor deixe de notificar a Agência. “Se um desses casos for Febre Aftosa e o produtor deixa de notificar, corremos o risco de perder o controle do vírus e a doença se espalhar, comprometendo o estado, podendo rebaixar o status que hoje está em médio risco, mas que Roraima se esforça para passar a ser Livre de Aftosa com Vacinação”, explicou, destacando que se existir capacidade de ação imediada, o status não cai. “O importante é conter o avanço”.

 

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