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Parque do Lavrado

Moradores da Serra da Lua se reúnem com deputados.


Discussão de outra área 
 
Representantes da Associação dos Moradores e Produtores da Região da Serra da Lua estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 8, com os deputados Brito Bezerra (PP), Gabriel Picanço ( PRB) e Aurelina Medeiros (PSDB), na Assembleia Legislativa, para tratar sobre o enfrentamento à Demarcação do Parque do Lavrado, pretendida pelo Governo Federal.
A demarcação atinge as regiões da Serra da Lua e Tucano, no município de Bonfim. Durante a reunião, o deputado Gabriel Picanço, que faz parte do Parlamento Amazônico, afirmou que apresentará o tema na reunião, que terá a participação de parlamentares de todos os estados da Amazônia Legal. Esse encontro está previsto para o próximo mês de agosto, em Boa Vista.
Um dos representantes da Associação, Laerte Thomé, sugeriu que o Exército e a Aeronáutica façam parte da reunião do Parlamento Amazônico para contribuir com a discussão. De acordo com ele, os moradores do Bonfim terão voz para reivindicar seus interesses. “Roraima não aguenta mais ceder nenhum metro de seu espaço territorial para área de demarcação. O povo está clamando porque o estado precisa produzir, precisamos de um estado com terra abundante para produção”, disse.
O deputado Brito Bezerra informou, durante a reunião, que o presidente da Casa, deputado Jalser Renier (PSDC) “colocou a Casa à disposição para discussão da situação da Demarcação do Parque do Lavrado”.
Bezerra acrescentou que uma demarcação como pleiteia o Governo Federal prejudica o estado, porque as áreas produtivas são pequenas. Disse que como contraproposta, o Governo do Estado está trabalhando para que essa demarcação aconteça, mas na Reserva São Marcos, que já é área de preservação e assim, a Serra da Lua fica liberada para a produção.
Afirmou que na próxima sexta-feira, 10, durante reunião da Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), em Brasília, entidade na qual é membro, estará apresentando o tema para discussão em âmbito nacional. Ele espera realizar uma audiência pública com representantes dos demais estados que compõem a Unale, parlamentares de Roraima e a sociedade civil organizada.
O presidente da Associação dos Moradores e Produtores Rurais da Serra da Lua, Gilmar Horta Thomé, disse que “a reunião na ALE é uma forma de unir força para que a gente possa permanecer dentro de nossas atividades rurais”.
Segundo ele, se a demarcação acontecer, afetará 250 famílias, o que corresponde a aproximadamente 1.400 pessoas da região. “Esse apoio é importante para nos defender”, disse. Horta acrescentou que o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodeversidade) fez um sobrevoo na Serra da Lua, mas “nunca houve visita in loco e nem entrevista com os moradores”, enfatizou.

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