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CPI do Senado

ALE sediará audiência pública que investiga assassinatos de jovens no Brasil.


Discussão sobre mortes de jovens
 
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Assassinato de Jovens no Brasil estará em Roraima nesta sexta-feira (3), às 8h30, onde promove audiência pública na Assembleia Legislativa de Roraima. Conforme dados do Mapa da Violência 2015, do total de 8.153 mortes de adolescentes de 16 e 17 anos de idade registradas em 2013, 46% tiveram como causa o homicídio.
Em Roraima, as taxas de homicídios por 100 mil habitantes na faixa etária de 0 a 19 anos de idade, mostram que de 2003 a 2013, teve um crescimento de 356,3%, apesar de uma pequena redução entre os anos de 2012 e 2013 de 9,8%. Para o presidente da ALE-RR, deputado Jalser Renier (PSDC), por conta desses índices, considerados altos, a discussão do tema se torna pertinente não apenas para profissionais que atuam na área de Segurança Pública, Saúde e Educação, mas para a sociedade de modo geral. "O tema violência preocupa toda a sociedade, principalmente quando envolve jovens e adolescentes. Precisamos entender o que está acontecendo para que, cada vez mais, jovens percam a vida, em especial em Roraima, que tem uma população pequena, mas pelo Mapa da Violência, está à frente de estados como São Paulo, que é o mais populoso do país, e Santa Catarina”, afirmou.
O senador Telmário Mota (PDT), autor do requerimento que solicita a discussão da CPI do Senado em Roraima, explicou que a comissão vai investigar as razões do elevado número de jovens assassinados no Estado, além de encontrar soluções para evitar o “extermínio da nossa juventude que se encontra fora da escola, do mercado de trabalho e vítimas das mazelas sociais”. “A partir do que for revelado, constará no relatório da CPI com as proposições sobre políticas públicas para o Brasil. O que detectarmos em Roraima facilitará a destinação de recursos para investir nos setores que estão deficientes no Estado”, disse o parlamentar ao conjecturar que em Roraima as causas que mais matam os jovens envolvem as drogas e os acidentes de trânsito.
Ele citou ainda que no Brasil, 56 mil pessoas são assassinadas por ano. Dessas, 23% são jovens e 77% são negros. “Ou seja, o jovem, pobre e negro é o que mais morre. É preciso analisar quais são as causas disso. Se são questões infraestruturais, socioeconômica, famílias desagregadas e pessoas que são requisitadas para o crime”, disse Mota.
O presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e das Minorias da Assembleia Legislativa de Roraima, deputado Chico Guerra (Pros), confirmou presença na audiência. “Apesar de Roraima não estar entre os estados mais violentos do Brasil, conforme o Mapa da Violência divulgado recentemente, com dados de 2013, nos preocupa muito as ocorrências registradas dando conta da morte violenta de jovens nos últimos meses. É preciso não apenas discutir, mas também agir de forma mais enérgica, por meio de leis mais rígidas e politicas públicas que ajudem a mudar essa triste realidade”, afirmou Guerra.

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