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HPV

Só um município alcança meta de imunização na 1ª etapa da campanha.


Baliza vacina mais de 100%

Apesar da mobilização do Ministério da Saúde, em todo o país, a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), apresentou baixos índices baixos de cobertura vacinal. Em Roraima essa realidade não é diferente. Apenas o município de São João do Baliza alcançou a meta de vacinação, com uma cobertura de 100% do público-alvo.

Até o momento, de forma geral, a cobertura alcançou apenas 45,03%, que corresponde a 7.146 doses aplicadas, para meninas entre nove e 11 anos (público alvo da campanha deste ano), de um total de 15.871 de meninas que deveriam ser vacinadas em Roraima.

Na rede estadual, o Nepni (Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunização) faz o monitoramento diário das ações executadas na rede de atenção básica (dos municípios), mas os dados mostram que a cobertura permanece baixa, apesar de todas as ações de mobilização já executadas.

Os dados mostram que apenas um município alcançou a meta de vacinação, São João do Baliza que tinha a estimativa de vacinar 250 meninas e que teve 272 meninas vacinadas, alcançando mais de 100% de cobertura. Na contrapartida os demais apresentam baixa cobertura, e entre os que estão mais próximos de alcançar a meta estão Mucajaí com cobertura de 76,74%, Caroebe com 75,95% e Pacaraima com 63,58%.

Conforme a gerente do Núcleo Estadual, Francisca Sena, em 2015,  o Ministério da Saúde ampliou a vacinação para as meninas na faixa etária de nove a 11 anos de idade, contemplando também  as mulheres de 14 a 26 anos vivendo com HIV. “Se trata da proposta do Ministério desde o ano passado, quando a vacina foi incluída no calendário nacional de vacinação. Pois quanto mais cedo se iniciar o esquema vacinação mais eficaz será a prevenção contra o HPV. No entanto isso não impede que sejam vacinadas também meninas entre 11 e menores de 14 anos”, esclareceu.    

Em 2014 foram vacinadas, na 1ª etapa 13.107 meninas, o que equivale 85,75%, na 2ª etapa, a meta era vacinar 15.199 meninas, e foram  imunizadas 7.608, correspondendo a 50,06%. Somando um total de 20.715 doses aplicadas no estado (D1 e D2), no universo de 15.280 meninas. “Após a mobilização e a disponibilidade da vacina nos postos de saúde, mesmo fora do período de campanha, por se tratar de uma vacina de rotina, o Estado teve condições de apresentar um resultado satisfatório, diferente de 2015”, complementou.

Segundo a ginecologista Elizabeth Castro, a vacina na adolescência é a primeira prevenção a ser adotada pela mulher contra o HPV e o câncer do colo do útero. “O quanto antes iniciar o cuidado, bem mais protegida essa paciente vai estar. Embora a imunização não substitua a necessidade da realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais, é importantíssimo que a paciente inicie as medidas de prevenção desde cedo e a vacina faz parte desse processo”, salientou.

 

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