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Malacacheta

Comunidade indígena recebeu apoio técnico para construção de viveiro de mudas


Índios aprendem viveiros de mudas

A SEI (Secretaria Estadual do Índio) está contribuindo com apoio técnico para implantação de um viveiro de mudas de árvores nativas na comunidade indígena Malacacheta, município do Cantá. O projeto é do CIR (Conselho Indígena de Roraima) e objetiva a comercialização das mudas e o reflorestamento de áreas degradadas, enquanto a SEI orienta e incentiva o plantio consorciado, visando à produção de alimentos.

Serão cultivadas no viveiro mudas de maçaranduba, pau-rainha, jatobá, copaíba e Jutaí e, segundo o tuxaua Simeão Messias, o projeto envolverá também estudantes do Ensino Fundamental II, do 6º ao 9º ano, e do Ensino Médio, do 1º ao 3º ano. A escola organizará um cronograma de ações para a disciplina de prática de projeto. Duas horas semanais serão utilizadas pelos alunos em atividades de manuseio das plantas e, em estágio mais avançado, nos trabalhos com enxerto de frutíferas.

Além de ajudar na montagem do viveiro, o secretário estadual do Índio, Ozélio Macuxi, indica a utilização da área de um hectare, destinada ao projeto, também para o plantio de espécies frutíferas e de hortaliças. Esse modelo de desenvolvimento sustentável concilia plantio de árvores madeiráveis e frutíferas, foi introduzido em quatro localidades de Roraima pelo projeto VAI (Valorização da Agricultura Indígena), da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). A SEI pretende ampliar o atendimento para pelo menos 100 comunidades nos próximos quatro anos.

Na comunidade Taba Lascada, no Cantá, a Apit (Associação dos Produtores Indígenas) já produz alimento para abastecer o mercado local e vender para o Programa Mesa Brasil, do governo federal. Além do cultivo de mandioca, feijão, banana, hortaliças e outras espécies alimentícias, a área, utilizada pelo projeto VAI, tem também cinco tanques de piscicultura. Consorciado a isso, foram plantadas duas mil mudas de eucalipto e o próximo passo é o início da criação de carneiros.

Projetos semelhantes já estão estabelecidos nas comunidades Moscou, em Bonfim, Taxi II, em Pacaraima, e Campo Alegre, em Boa Vista. Segundo o secretário do Índio, esse é o modelo de desenvolvimento socioeconômico apropriado para as comunidades indígenas. “Esses projetos têm credibilidade, estão fazendo os filhos dos indígenas retornarem para o campo e queremos beneficiar outras comunidades. Já estamos em busca de parcerias e elaborando planejamento para aquisição de recursos”, disse Ozélio Macuxi.   

 

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