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Saúde

Bebê de 2 meses transferido em UTI aérea para tratamento fora do Estado.


UTI  Aérea transfere bebê

Na manhã desta sexta-feira, dia 15, mais uma criança em tratamento de saúde foi deslocada de Roraima por UTI (Unidade de Terapia Intensiva) aérea. O bebê Samuel Souza Lobato, de apenas dois meses e 10 dias de vida, foi transferido à cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Esta já é a quarta remoção em UTI aérea custeada pelo Governo do Estado este ano, para atender a crianças assistidas pela rede municipal de Saúde.

A criança que fazia acompanhamento médico no Hospital da Criança Santo Antônio há um mês e 10 dias, sofre de alteração congênita cardiológica, ou seja, má formação no coração. Um das diretrizes do Governo de Roraima é a de que a saúde das pessoas vem em primeiro lugar e por isso a faz questão de custear essas transferências. No caso do pequeno Samuel, toda a despesa que gira em torno de 150 mil.

Segundo o secretário estadual de Saúde, Kalil Coelho, apesar de a responsabilidade de prestar assistência de saúde para crianças com idade entre um mês e 12 anos ser do município, a governadora Suely Campos, não mede esforços e preza pela vida em detrimento da política. “Em momentos delicados como este, o que menos importa é de quem seja a responsabilidade, garantir a vida é o mais importante”, comentou.

A criança foi transferida para o Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A unidade é especializada em doenças cardiológicas e atua nas áreas de anestesia, cardiologia pediátrica, entre outros serviços. “Samuel já saiu de Boa Vista com uma vaga reservada na UTI do hospital referência”, informou a diretora do núcleo de TFD (Tratamento Fora de Domicílio) da Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), Lidiane Bissi Lorenzoni.

UTI AÉREA 

A equipe da UTI aérea é composta de um piloto, um co-piloto, um médico e um enfermeiro, todos contratados pela empresa Brasil Vida – Transporte Aeromédico, que mantém contrato com o governo, no valor de R$ 1,5 milhão, com vigência até o mês de agosto deste ano.

O plano de vôo é socializado com a equipe da Sesau. Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Boa Vista, o avião é abastecido no hangar do governo e em seguida, o paciente é imediatamente transferido de uma ambulância para a UTI aérea. Quando chega ao estado onde será feito o tratamento, outra equipe já está esperando para fazer a transferência do paciente para a unidade de saúde.

OUTROS CASOS 

Este ano, a aeronave adaptada com equipamentos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) custeada pelo Governo já transportou três pacientes, antes do pequeno Samuel Lobato. O primeiro beneficiado com o serviço, foi um paciente de 27 anos que estava internado no HGR (Hospital Geral de Roraima) e que necessitava de um implante de marcapasso de câmara dupla epimiocárdico. O paciente foi removido para o estado do Pernambuco, no mês de março.

Também foram transferidas, duas crianças menores de 12 anos de idade, cuja responsabilidade pela remoção e pelo TFD é da rede municipal de saúde. O caso mais recente foi do menino Samuel Inácio da Silva Piacho, de seis anos, que estava em tratamento no hospital da Criança Santo Antônio, da rede municipal. Ele foi atendido pelo serviço aéreo em abril, apresentando déficit motor progressivo, perda do controle de alguns movimentos, dificuldade para se alimentar e forte dor de cabeça, decorrentes de um tumor no cérebro. Ele foi levado para o hospital de Barretos, no interior de São Paulo (SP).

Ainda no mês passado, uma paciente de três anos e sete meses foi removida para tratamento no Instituto da Criança, no Hospital das Clínicas, em São Paulo (SP). A paciente, que sofria de hepatopatia crônica, um problema no fígado, com diagnóstico fechado, mas sem causa identificada. A criança estava internada no Hospital da Criança Santo Antônio, há aproximadamente duas semanas, e precisava ser transferida para um serviço especializado não disponível em Roraima.

Com a transferência de hoje, dia 15, Samuel Souza Lobato é o quarto paciente a ser beneficiado com o serviço de UTI aérea disponibilizado pelo governo do Estado. Deste total, três são pacientes cuja responsabilidade pela remoção e pelo TFD é da rede municipal de Saúde e que o Estado deu o suporte necessário para garantir o atendimento dos pacientes.

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