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Greve na Saúde

Enfermeiros paralisam a partir de segunda-feira, 18.


Paralisação dos enfermeiros na 2ª
 
A partir das 7h da próxima segunda-feira, 18, os profissionais enfermeiros da rede estadual de saúde entrarão em greve, por tempo indeterminado. A informação é do presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Roraima (Sindipre), Roberto Morais. Ele afirmou que recebeu um documento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), em que o Executivo não atende nenhuma das reivindicações da categoria.
O presidente informou que o sindicato protocolou um documento na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), Comissão de Saúde, Casa Civil, Ministério Público do Estado de Roraima e na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), comunicando sobre a greve que se iniciará na segunda-feira.
“Estávamos com aviso de greve para o dia 1º de maio. De lá até hoje esperávamos um posicionamento do Governo do Estado, quanto ao atendimento às nossas reivindicações. Não temos condições de trabalho e isso tem refletido diretamente no atendimento à população. É grande a demanda nas unidades de saúde para os profissionais que estão atuando”, ressaltou o presidente do sindicato.
Morais acreditava que haveria uma sinalização positiva por parte do Governo, até porque a Assembleia Legislativa, por meio da Comissão de Educação, Cultura, Desportos e Saúde, estava intermediando uma negociação com o Executivo. “Essa greve se faz pela necessidade de melhores condições de trabalho e para que possamos garantir um atendimento de qualidade à população”, ressaltou o sindicalista.
Ele afirmou que a falta de profissionais nas unidades de saúde precisa ser suprida. Como exemplo, citou que a entrada, a grande emergência e o trauma do HGR, um espaço físico entre as áreas vermelha, verde e amarela, que é para comportar entre 10 a 20 pacientes, atende de 40 a 50 pacientes para o mesmo número de profissionais. “Isso não é certo, e é um dos motivos para que a população reclame por um melhor atendimento”, comentou.
O número insuficiente de profissionais de enfermagem atuando nas unidades de saúde do Estado foi a principal reivindicação da categoria, que pede também a revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), aprovado em janeiro de 2014, e ainda o enquadramento e pagamento de progressões.
Por várias vezes o sindicato esteve na Assembleia Legislativa, em reunião com os deputados que compõem a Comissão de Educação, Cultura, Desportos e Saúde, que tem como presidente a deputada Lenir Rodrigues, (PPS), para que intermediasse uma negociação junto ao Executivo estadual.
Lenir disse que, na tentativa de resolver o problema, foi constituída uma mesa de negociação com a Sesau e o sindicato. “Intermediamos, enxugamos os pontos para que a categoria abrisse mão de certas reivindicações e o Estado também. Aliás, em uma mesa de negociação um perde e outro ganha”, ressaltou.
A parlamentar comentou que a comissão não teve acesso ao documento do Executivo enviado ao Sindicato de Enfermagem, apenas a manifestação da categoria que decidiu pela greve. “O secretário de Saúde não comunicou a comissão quais foram as decisões ocorridas no poder Executivo, embora o Estado não fosse obrigado a fazer essa comunicação. Mas, como estávamos nessas tratativas, intermediando esse acordo, esperávamos ser comunicados”, frisou Lenir.
A deputada disse que a comissão fez a parte dela, mas infelizmente a resposta do Poder Executivo foi de não atender a reivindicação da categoria, conforme acordo feito na mesa de negociação com a presença do secretário de Saúde [Kalil Coelho Linhares] e do presidente do Sindicato de Enfermagem [Roberto Morais]
Lenir afirmou que, com a greve a partir de segunda-feira, quem perde é a população. “Se achamos ruim uma greve na Educação, com uma perda intelectual irreparável dos alunos, imagina uma greve na Saúde, com o Estado do jeito que está. A população está correndo risco se tiver algum problema de saúde, porque esses profissionais são comprometidos, têm uma capacidade técnica comprovada, são responsáveis, mas não aguentam mais”, reconhece a deputada.

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