Segurança Pública

Criminalística  com melhorias

Um ambiente que não oferecia condições adequadas aos funcionários ou ao público atendido e onde o trabalho estava totalmente acumulado. Esta foi a situação encontrada no prédio do Instituto de Criminalística no início deste ano. Mas, em poucos meses, a situação já começa a mudar. Algumas iniciativas começaram a ser implantadas, com a proposta de garantir ambiente de trabalho propício, bem estar do profissional, melhor atendimento ao público e na gestão do trabalho. Além disso, com recursos federais previstos ainda para 2015, novos equipamentos devem ser adquiridos.

Hoje o ambiente encontrado no prédio do Instituto reflete as mudanças implantadas pela atual Direção. Logo na entrada, a primeira alteração: uma placa com a identificação do órgão que, até então, não existia. O acesso, que antes era realizado por uma pequena porta lateral, de difícil visualização, passou a uma recepção organizada com funcionários que atendem tanto aos setores policiais como a população em geral. “Dessa forma, melhoramos o atendimento em geral e podemos realizar uma triagem para encaminhamento do público”, explica a diretora do Instituto de Criminalística, Andréa Cristina Sant’Ana, salientando ainda que, no local, além dos móveis, foi colocada uma central de ar, que garante ambiente mais agradável aos funcionários e aos atendidos.

PERÍCIA 

A diretora informou que Roraima já se candidatou a receber uma verba do Governo Federal, por meio da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), visando adquirir novos equipamentos para melhoria do levantamento de local de crime, viaturas customizadas para a perícia e melhoria do IML (Instituto Médico Legal).

“Esse é o primeiro edital do Governo Federal de muitos que virão, pois o projeto contempla verbas para os setores de perícia pelos próximos quatro anos. Estamos levantando nossas necessidades mais urgentes para especificar o que é necessário e elaborar o projeto, tendo em vista que o edital do Governo Federal deve ser publico em torno de 60 dias”, informou Andréa Cristina.

Mas ainda há um desafio. A diretora explicou que a Senasp só libera equipamentos se tiver local para instalá-los. “Por isso, a necessidade de ampliarmos nosso espaço físico é algo urgente”, observou.

E as ações em busca dessa eficiência na elucidação de crimes como o homicídio já estão sendo intensificadas. A perícia, juntamente com a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), está promovendo o curso de isolamento e preservação de local de crime, que está acontecendo na Academia de Polícia.

Segundo ela, o curso é oferecido para os agentes e delegados da DHPP, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Detran (Departamento de Trânsito de Roraima) e SMTran (Superintendência Municipal de Trânsito). “O objetivo é mostrar a importância de isolamento de local para os profissionais, da preservação dos vestígios e o que vai proporcionar ao longo do processo criminal. Nossa ideia é intensificar essas ações e melhorar a integração entre a perícia e os outros profissionais”, explicou.

GESTÃO 

Andréa Cristina pontua ainda que está sendo realizada uma gestão mais eficiente de controle de laudos, o que já está gerando resultados satisfatórios em relação à resolução e fluidez no trabalho. “Precisamos de normatização, por isso estamos tendo apoio da Corregedoria da Polícia, que está nos auxiliando com essas recomendações. Além disso, estamos promovendo uma força-tarefa com os peritos de plantão, que agora ficam em uma sala separada com computadores e impressoras, e reservam um dia do plantão para fazer laudos, evitando excesso de carga horária trabalhada”, explicou.

Outro gargalo do Instituto é a falta de internet e de uma rede interligada. Nesse sentido, há um projeto para estruturar essa rede, que inclui ainda a aquisição de câmeras de segurança, fechaduras com segurança. São recursos provenientes do Governo Federal, tendo em vista que a Senasp possui uma área destinada à modernização da perícia. “Esperamos que até julho esse projeto tenha início. Temos um projeto de R$ 1,2 milhão para executar até o final do ano e outro de R$ 600 mil. Será muito benéfico porque teremos controle de dados e conhecimento desses dados para trabalhar a gestão”, destacou.