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Educação

Começam na SEI cursos de línguas nativas.


Línguas nativas em curso

Começaram na manhã desta segunda-feira, dia 4, as aulas do curso de língua Macuxi, oferecido aos servidores da SEI (Secretaria de Estado do Índio) e de outras instituições, que trabalham com atendimento à população indígena. Na sequência, a partir desta terça-feira, dia 5, as aulas prosseguem com os ensinamentos básicos das línguas Wai-Wai, Ingaricó e Wapixana.

Cada um dos quatro cursos terá duração de 60 horas. As aulas serão realizadas na sede da Secretaria do Índio, durante toda a semana, cada dia com instruções sobre uma língua diferente. Funcionários dos Departamentos e das Divisões da SEI, que são das etnias Macuxi, Wai-Wai, Wapixana e Ingaricó e falam fluentemente essas línguas, são os responsáveis por ministrar os cursos, na primeira hora do expediente, das 7h30 às 8h30.

Além do conteúdo básico para o entendimento das línguas maternas desses povos, com a finalidade de facilitar a comunicação no processo de elaboração e execução de projetos nas comunidades indígenas, os cursos repassarão também informações sobre costumes, tradições e desenvolvimento socioeconômico dessas etnias.  

Responsável pela transmissão dos conceitos básicos da língua Macuxi, Ernany Marcos do Nascimento, destacou, no início dos trabalhos, a importância dessa iniciativa inédita para a propagação de conhecimentos sobre as culturas dos povos indígenas de Roraima.

“Estamos inovando. Nunca houve essa preocupação com a história dos povos indígenas. Temos 11 etnias, cada uma com costumes, tradições e modo de viver diferentes. Precisamos considerar as particularidades dessas culturas, inclusive no momento de elaborar projetos”, ressaltou. 

O secretário do Índio, Ozélio Macuxi, falou da relevância dos cursos e da possibilidade de estabelecer novas discussões na construção participativa de uma política de desenvolvimento para os povos indígenas. “É uma oportunidade única participar desse diálogo e entender o processo de mudança que pretendemos fazer. Esperamos, nesses quatros anos, realizar transformações socioeconômicas importantes para as comunidades”, afirmou.

Segundo o secretário, novos projetos vão priorizar o desenvolvimento de agropecuária sustentável. Ele ressaltou que atualmente os índios já praticam atividades econômicas relevantes para o mercado consumidor local e também do Amazonas. “Somos os primeiros na coleta da castanha do Brasil, na comunidade Wai-Wai, temos a segunda maior produção de melancia e ficamos em terceiro lugar no cultivo da mandioca no Estado. Precisamos fomentar essa economia sustentável”, destacou.

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