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Ortopedia

Espera de pacientes por cirurgia caiu de 70 para 11 dias no HGR.


Cirurgias serão mais rápidas

Com a implantação do NIR (Núcleo Interno de Regulação), em janeiro deste ano, a permanência de paciente no HGR (Hospital Geral de Roraima) à espera de um procedimento cirúrgico diminuiu. Enquanto nos anos anteriores o setor de ortopedia, por exemplo, demorava em média 70 dias para realizar uma operação, hoje é de até 11 dias, desde a entrada na unidade.

O HGR oferece 16 especialidades médicas. Os dados apontam que o tempo de espera por cirurgia varia de três a 44 dias, dependendo da complexidade do diagnóstico. Dos cinco blocos da Unidade, três são ocupados por pacientes ortopédicos, a maior demanda do hospital.

A paciente Francisca Maria Carvalho, de 40 anos de idade, foi internada na unidade no dia 23, vítima de uma fratura no tornozelo direito. O procedimento cirúrgico foi realizado na segunda-feira, dia 27, e ontem, dia 28, ela já recebeu alta e foi para casa.

“Essa foi a primeira vez que estive no HGR como paciente. As outras duas vezes, em anos passados, fiquei como acompanhante e posso afirmar que o atendimento melhorou em tempo de espera e qualidade na prestação do serviço”, disse, ao aprovar o procedimento cirúrgico. “Significa que as coisas estão andando e isso é bom não só para mim, mas para toda a população”, complementou.

A intenção do NIR é otimizar a ocupação dos 304 leitos existentes no HGR, de forma que o tempo de permanência diminua e a rotatividade de pacientes seja maior. No início do ano, por exemplo, o setor de Ortopedia tinha uma média de 120 pessoas aguardando algum tipo de procedimento nos blocos do HGR. Hoje esse número reduziu para 40 pacientes encaminhados para cirurgia. Esse número sofre alteração a cada dia em função das entradas no Grande Trauma.

“Pela primeira vez conseguimos reduzir o tempo de espera por uma cirurgia ortopédica e o número de pacientes neste setor”, disse o secretário adjunto de Saúde, Paulo Linhares, destacando: “Otimizamos a equipe e assim conseguimos diminuir a espera do paciente por um procedimento”.

Conforme ele, o problema mais sério do HGR está relacionado à falta de leitos e o NIR agora regula essa deficiência, fazendo com que os médicos tenham mais disponibilidade de prescrever alta aos pacientes internados e liberar leitos para cirurgia. “Mas a falta de leito só será solucionada com a ampliação do HGR que está em andamento”, disse.

A ortopedia responde por 70% da demanda do HGR. A maioria dos casos está relacionada aos acidentes de trânsito, em especial colisão de motos, causando fraturas graves que exigem cirurgia.

O paciente Claudio Lopes, de 39 anos, é torneiro mecânico e pela primeira vez ficou internado no HGR. Ele fraturou o fêmur direito no dia 18 deste mês. No mesmo dia, segundo ele, foi feito o primeiro procedimento, que foi a implantação de dois pinos ortopédicos para estabilizar o osso. A cirurgia ocorreu nove dias depois, pois o paciente precisava ficar pelo menos sete dias com a perna na tração. “O atendimento foi muito rápido, não esperava por isso, afinal, todos os dias ouvimos reclamações de hospitais públicos no Brasil”, complementou.

O diretor do HGR, Samir Xaud, associa essa velocidade no atendimento ao terceiro turno de cirurgias, implantado pela atual gestão de governo em janeiro deste ano. “Realizamos uma média de duas a três cirurgias por noite. É um número expressivo para um hospital público”, disse, ao complementar que a intenção da gestão é oferecer serviço de qualidade que permita que o paciente deixe a unidade sadio.

O autônomo José Ricardo da Silva Alves, de 28 anos, passou pro procedimento cirúrgico no braço esquerdo. “Quando dei entrada na unidade logo pensei que ficaria pelos corredores aguardando atendimento. Fiquei surpreso. Cheguei na última quinta-feira, dia 23, e na segunda, 27, já fui para o centro cirúrgico”, disse.

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