- 20 de agosto de 2025
Pontes recuperadas em Uiramutã
As rodovias vicinais são verdadeiras artérias para o desenvolvimento do estado, que há pelo menos 12 anos, vinham obstruídas pela falta de atenção do poder público no município de Uiramutã. Em menos de 100 dias, o governo do Estado construiu e recuperou 13 pontes no extremo norte do Estado, possibilitando o escoamento da produção da agricultura familiar, transporte escolar e acesso da população às demais localidades do estado.
Ao todo, 12 pontes já foram restauradas, e a última deve ser concluída nos próximos dias. A primeira providência foi colocar as pontes em condições de acessibilidade, em seguida, os locais ganharão ainda guarda-corpos (estrutura para proteção erguida nas laterais das pontes) e sinalização. As obras estão localizadas na vicinal que dá acesso a região de Água Fria, mas que também beneficia regiões como Caraparu, Taboca, Tamanduá e adjacências. A via é utilizada por aproximadamente 33 comunidades para o transporte escolar, escoamento da produção, e outras necessidade que demandam o acesso por via terrestre. Além da criação de gado e peixe, a agricultura local tem intenso cultivo de mandioca, da qual é feita a farinha, comercializada em vários pontos do Estado.
Vereador no município, Bernardo da Silva, pontuou que este era um pleito antigo da população, que tem aprovado o serviço executado na região. Ele citou que além dos agricultores, os estudantes da região saem beneficiados, pois, com a falta de algumas pontes, são construídos desvios que ficam intrafegáveis no período chuvoso. “Muitas vezes os alunos tinham que dormir na escola por não conseguir voltar para a casa. Também tem casos de saúde que precisam de transporte rápido. Estamos muito felizes porque essa realidade vai mudar. Os moradores enviaram até uma carta para a governadora, onde agradecem pela atenção dada às comunidades e pelo serviço de qualidade realizado na região”, entusiasmou-se.
Roraima tem aproximadamente 2.500 pontes em vicinais e rodovias estaduais, das quais a grande maioria foi encontrada em condições precárias. O secretário-adjunto de Infraestrutura, Anderson Gentil Campos, explicou que havia uma tendência dos governos passados em investirem apenas nas regiões próximas à Capital, por isso, a importância de atuar prioritariamente em uma região até então esquecida pelas gestões passadas.
Ele explicou que representantes da Seinf se reuniram com representantes da Seapa (Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento), para saber quais as maiores vias de produção com problema, a fim de criar lista de prioridades para atendimento. A programação tem que considerar ainda as situações de emergência, pois a situação é crítica em muitos pontos, onde a Seinf tem que trabalhar para evitar isolamento e prejuízo ao setor produtivo. “Sabemos das necessidades de outros municípios e estamos levantando a necessidade todo o estado e trabalhando para atender a todos, não nos esquecendo da diretriz do governo de priorizar as regiões que atendem ao setor produtivo”, pontuou.
RECURSOS
Um dos desafios da Seinf é a aquisição de recursos. Uma das vias é a liberação da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), tributo arrecadado pela União e repassado aos estados e municípios. ”Há três anos o montante, o equivalente a R$ 19 milhões, não é repassado ao Estado por falhas de gestão nos governos anteriores. Além disso, há R$ 4 milhões bloqueados por falta de prestação de contas. Estamos fazendo de tudo para conseguir liberar estes recursos e, com isso, agilizar o processo de recuperação de pontes em todo o Estado”, pontuou o secretário-adjunto de Infraestrutura, Anderson Gentil Campos.