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Economia

Crise no setor cerâmico e oleiro é resolvida pelo Governo de Roraima.


Oleiros em nova área

O Governo de Roraima resolveu um antigo problema da construção civil no Estado. Na iminência de ter o setor cerâmico e oleiro desabastecido, devido à falta de uma jazida de argila, e com isso enfrentar uma das maiores crises do setor da construção civil em Roraima, técnicos do Governo se reuniram com empresários do ramo em audiência pública na Assembleia Legislativa e encontraram uma solução. Uma nova área para extração de matéria prima, localizada no município do Cantá, está atendendo atualmente todas as 18 cerâmicas e os oleiros da capital.

Segundo o secretário do FDI (Fundo de Desenvolvimento Industrial) da Seplan, André Cerri, o problema começou quando a primeira jazida não pôde mais abastecer os empresários, ocasionando assim a interrupção do fornecimento de argila. "O principal fornecedor que abastecia todos os outros no mercado não possui mais licença para exploração. Com isso, os representantes dos setores de cerâmica e oleiros procuraram a Seplan. Localizamos uma área, fizemos a perfuração e extração de material para comprovar a qualidade da argila, e uma medição da área para verificar por quanto tempo iria suprir o setor", relatou.

Conforme os técnicos do FDI, o papel do Governo foi colocar os ceramistas e oleiros para conversar com o proprietário das jazidas. Agora, o setor cerâmico está sendo abastecido. "Essa negociação foi às claras, na frente de todas as partes na Assembleia Legislativa. Lá, se estabeleceram preços e formas de extração. A nova jazida dará segurança jurídica e empresarial para o setor. Isso ajuda os empresários em adquirir financiamentos e na compra de máquinas", disse André.

Cerri explicou que caso não tivesse sido tomada uma decisão, haveria em breve o desabastecimento de tijolos, cerâmicas e de produtos derivados da argila no mercado roraimense, afetando gravemente o setor da construção civil. Em efeito cascata geraria a paralisação do setor produtivo e o desemprego. Com isso, por exemplo, programas sociais de casas populares seriam afetados. Outro ponto crítico é quanto à aproximação do inverno, pois no período de chuvas, o acesso à extração de argila fica limitado, caminhões e equipamentos atolam e interrompem a extração.

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