- 20 de agosto de 2025
Menos de 10% de umidade foi detectado na vegetação nos municípios que decretaram situação de emergência em virtude da estiagem (Bonfim, Cantá, Caracaraí, Normandia Alto Alegre, Mucajaí, Amajari e Iracema). Esse foi o resultado do estudo realizado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e apresentado durante a 8ª reunião do Comitê Gestor de Combate às Queimadas em Roraima, realizada na manhã de hoje, dia 26.O resultado motivou a decisão de suspender, novamente, as emissões de autorização de queimadas nos oito municípios que decretaram estado de emergência, passando a vigorar imediatamente.
“Esta é uma situação muito complicada. Índice de umidade baixo e pouca chuva aumenta muito a chance a vegetação queime facilmente”, alertou o diretor-presidente da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), Rogério Campos.
E a previsão não é otimista. O presidente ressalta que o período de chuvas deve ter início apenas na segunda quinzena de abril, “mas ainda será necessário algum tempo para que essa situação se estabilize e a questão hídrica e de umidade possam melhorar”.
Importante alertar que mesmo aquelas pessoas que já possuem a autorização, que foram emitidas anteriormente, não devem realizar as queimadas nesse período de suspensão. “Eles podem responder administrativamente, com multa ou até criminalmente”, enfatizou Campos.
Os órgãos que integram o Comitê Gestor de Combate às Queimadas, dentre eles, a Femarh e a Cipa (Companhia Independente de Policiamento Ambiental) estão com equipes em campo para fiscalizar se a determinação está sendo cumprida, assim como o Corpo de Bombeiros, que atua de maneira preventiva.
E adianta: “A suspensão permanece por tempo indeterminado até que haja nova avaliação dos impactos da estiagem nessas regiões. A próxima reunião do comitê será no dia 31 de março e será realizada nova avaliação sobre a permanência da suspensão”.