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Mosca da carambola

Novos servidores da Aderr sãotreinados para combater mosca da carambola.


Aderr vai combater praga

A erradicação da Mosca da Carambola em Roraima foi o tema de uma das palestras do segundo dia de treinamento dos novos agentes fiscais aprovados no último concurso da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima). A coordenadora nacional do Programa de Erradicação da Mosca da Carambola, do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Maria Júlia Godoy, destacou que o papel dos novos profissionais é de suma importância para o controle da praga em Roraima.

Maria Júlia destacou que os únicos estados brasileiros acometidos pela Mosca da Carambola forma Roraima e Amapá. Tal situação impede que as frutas produzidas nestas regiões sejam comercializadas em outros estados e até mesmo outros países. “A Mosca da Carambola chegou ao Brasil pelos países vizinhos Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. O papel dos agentes fiscais da Aderr é impedir o avanço dela para o restante do país”, explicou.

A representante do Ministério da Agricultura informou ainda que se a praga chegar aos grandes pólos de agricultura e fruticultura do Brasil, o setor iria sofrer uma grave crise econômica. “O Nordeste brasileiro exporta manga e acerola para outros países, gerando renda e crescimento econômico. Caso essa região seja infectada, o produto só poderá circular naquele nos estados dessa região”, disse.

Maria Júlia destacou que a Aderr em parceria com a Superintendência do Ministério da Agricultura em Roraima, trabalham na erradicação da praga no estado. “Estas entidades treinam os agentes fiscais, pois eles trabalham nas barreiras no cumprimento da Instrução Normativa, que trata sobre a fiscalização de trânsito, quando os veículos são revistados em busca de frutas sendo transportadas de maneira indevida”, explicou.

O agente fiscal Genivaldo Gomes acredita que o treinamento é necessário para que ele exerça devidamente a função para qual foi aprovado. “Se vamos trabalhar em fiscalizações, precisamos saber o que fazer, como fazer, como abordar o condutor e todos os procedimentos necessários para o exercício do nosso trabalho”, observou.

CURSO 

Os 92 recém-empossados servidores da Aderr iniciaram na última terça-feira, dia 24, um curso de capacitação para atuarem na Defesa Agropecuária de Roraima. O treinamento vai até o dia 27, na Apics (Academia de Polícia Integrada Coronel Santiago).

Além das questões diretamente ligadas às pragas e doenças a serem combatidas, os novos servidores também estão recebendo instruções sobre assuntos correlatos, como técnicas de abordagem e identificação de ilícitos, contrabando de substâncias ilegais, além de crimes transfronteiriços e tributários.

Presidente é aprovado 

O diretor-presidente da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), Braz Behnck,foi aprovado por unanimidade pela Comissão Especial Externa da ALE-RR (Assembleia Legislativa do Estado de Roraima) na manhã desta quarta-feira, dia 25. A capacidade técnica e experiência profissional foram consideradas para a decisão dos deputados.

Todos os questionamentos dos parlamentares foram esclarecidos por Behnck, dentre eles, relacionados à estrutura e orçamento da Aderr, momento em que o presidente pontuou que é possível realizar do trabalho da Agência com a estrutura atual. “Estávamos com deficiência de pessoal, mas este problema está sendo sanado com a contratação de 195 novos funcionários”, pontou o presidente.

Quanto a orçamento, em torno de R$ 20 milhões, ele explicou que não é totalmente suficiente, mas disse acreditar que, "sabendo administrar, é possível realizar o trabalho”.

Quanto ao desempenho da Agência, um dos principais questionamentos foi em relação à Febre Aftosa em Estado. “Estamos trabalhando para avançar no status de classificação de risco da Febre Aftosa e passar a Livre de Febre Aftosa com Vacinação”, destacou.

Questionado ainda sobre o cadastro de propriedades e rebanho do estado, o que também será beneficiado com o aumento de efetivo, o diretor-presidente adiantou: “A previsão é de até o final do ano todos os cadastros de propriedades e do rebanho estejam atualizados”, informou.

O diretor-presidente ressaltou ainda que o trabalho relacionado às pragas da agricultura no Estado, dentre elas, a Helicoverpa Armigera – lagarta agressiva e de difícil controle que tem causado prejuízo às lavouras. “Alguns defensivos estão sendo utilizados em alguns estados, mas não estão homologados em todos, como em Roraima. Com o aumento do efetivo também será possível fazer o levantamento desta e de outras pragas que possam atingir nossa produção”, explicou.

Ele destacou ainda que: “O trabalho da Aderr é fundamental na vigilância e na certificação da produção agropecuária. Essa certificação garante alimentação de qualidade à população e mercado, pois sem certificação não podemos exportar e comercializar. Dessa forma, é importante para o produtor para que possamos produzir e ter mercado para nossa produção”, destacou.

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