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Matéria prima

Reunião na ALE aponta soluções para garantir matéria-prima para olarias.


Barro para os oleiros 
 
Com dificuldades em adquirir matéria-prima para produção de tijolos e telhas, oleiros e ceramistas de Roraima estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 11, na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) com os deputados que compõem as Comissões Permanentes de Indústria, Comércio e Turismo e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, expondo problemas vinculados às questões fundiária e ambiental, e ainda licenças para exploração de argila, que estão comprometendo a produção de tijolo e telha.
Para garantir a produção no período chuvoso eles precisariam ter a argila estocada.  Algumas opções foram apresentadas, mas grande parte dos locais relacionados estava com entraves legais para extração da matéria-prima.
Por meio da discussão proposta na reunião, os trabalhadores conseguiram amenizar o problema para este período e ficou definido que irão comprar argila por R$ 3,00 (metro cúbico) da Fazenda Santa Cecília. A área foi a única apresentada que está totalmente legalizada. O representante do proprietário da área, Michael Vogel, informou que nesta quinta-feira, dia 12, serão definidas as áreas para começar a extrair a argila para oleiros e empresas, conforme a demanda. “Vamos cobrar esse valor para atender nessa emergência e depois do inverno definiremos o preço a ser cobrado”, ressaltou.
Também foi proposto pelo diretor da Agência de Fomento do Estado de Roraima (AFERR), Weberson Reis Pessoa, o financiamento individual para pagamento em 24 meses. “Os juros são abaixo dos aplicados pela Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil”, disse.
Inicialmente, a proposta seria para os oleiros, mas alguns ceramistas também demonstraram interesse, porém precisam ainda definir detalhes com a Agência.
O deputado Gabriel Picanço (PRB), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, disse que há um entrave judicial para que outras áreas estejam aptas para a extração de argila. “No entanto, com a reunião de hoje, todos saíram com uma solução para adquirirem a matéria-prima, pelo menos para esse inverno”, disse.
De acordo com o parlamentar, para resolver a questão a longo prazo, a Comissão irá buscar ouvir autoridades nas esferas federal e estadual para obter um posicionamento em relação às terras do Distrito Industrial, local em que estão localizadas algumas cerâmicas e oleiros. 
Além de Grabriel Picanço, participaram da reunião os deputados Brito Bezerra (PP), Zé Galeto (PRP), Masamy Eda (PMDB), George Melo (PSDC), Aurelina Medeiros (PSDB), Soldado Sampaio (PC do B) e Mecias de Jesus (PRB). Também estiveram presentes o secretário de Estado do Planejamento, Alexandre Henklain e a presidente interina do Iteraima (Instituto de Terras de Roraima), Flauenne Santiago e empresários que fornecem argila para os oleiros.
Para o presidente da Cooperativa dos Oleiros, Angelinaldo Constantino, “embora o local para extração esteja um pouco distante dos 20 associados da sua entidade, o problema foi resolvido”. Ele defende uma ação do Governo do Estado para um período de 20 anos para que problemas como esse não voltassem a acontecer.
O representante da Associação dos Oleiros, Oderlan Sales, disse que o financiamento junto à Agência de Fomento vai permitir que sua categoria adquira a matéria-prima, do contrário seria muito difícil efetuar pagamento à vista para o fornecedor.

 

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