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RR exportará comida e técnicos 

Uma parceria entre o estado Bolívar, na Venezuela, e o Governo de Roraima pretende dinamizar economicamente o setor produtivo de ambas as regiões para os próximos anos. Há possibilidade de Roraima exportar alimentos e capacidade técnica para o pais vizinho, e em contrapartida importar insumos.

Essa parceria é uma das primeiras medidas adotadas pelo secretário estadual de Planejamento e Desenvolvimento, Alexandre Henklain, junto com o diretor do Departamento de Comércio Exterior, Eduardo Oestreicher. O foco é na produção agrícola e nas etapas da cadeia produtiva do setor primário do estado. Uma destas etapas é quanto à venda dos produtos de Roraima, como soja, arroz, milho entre outros para a Venezuela.

"Um de nossos parceiros naturais é a Venezuela. Os produtos seriam negociados inicialmente com o estado Bolívar. Mas isso não se restringiria apenas a venda comercial ou compra de insumos, também haveria a parceria técnica na produção de alimentos dentro da Venezuela, precisamente no estado Bolívar. Em cima dessa proposta agregar a parceria técnica, fazer com que nossos conhecimentos possam agilizar a cultura agrícola. Com essa aproximação maior, adquirir produtos da Venezuela", explicou Oestreicher.

Ele disse ainda que a parceria é viável também pelas regiões terem o mesmo clima, bioma e disponibilidade de água. "O estado de Roraima poderia muito bem ajudar a Venezuela a desenvolver produtos agrícolas com os quais trabalhamos. Sabemos que no mundo a produção de alimentos não é concorrente, mas sim complementar. O que nós produziremos aqui e o que eles produzirem lá certamente terão mercado consumidor", observou.

A próxima etapa será em levantar os produtos que Roraima terá disponível até o final da colheita prevista para o final de 2015, além de elaborar uma projeção agrícola para os próximos anos. A proposta de capacidade de volume será apresentada para o Governo Bolívar. Nessa segunda etapa o trabalho será feito em conjunto com a Seapa (Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Aderr (Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima).

"Teremos estas definições de forma mais clara nos próximos dias. Um primeiro momento será na produção de soja. Há uma estimativa de que no começo de outubro haja uma expectativa de 28 a 30 mil toneladas", informou.

SETOR PRIVADO 

Eduardo cita a importante parceria com os empresários, em que o Governo pode fazer a abertura das portas, a negociação. A parceria seria para também identificar e definir melhor as soluções.

"Queremos fazer um chamado ao setor. O empresário pode procurar o Departamento de Comércio Exterior na Seplan para tentarmos solucionar problemas e buscar melhorias. Temos uma equipe para atendê-lo", declarou.