Tuberculose

Doença ainda grassa em RR

Para avaliar as ações realizadas no ano passado e elaborar estratégias de controle para este ano, a Sesau (Secretaria Estadual de Saúde) através do NVCT (Núcleo de Vigilância e Controle da Tuberculose) realizará uma oficina de avaliação da Tuberculose no estado. O evento acontecerá nos próximos dias 4, 5 e 6, ocorrerá no auditório do Pronat (Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais) da UFRR (Universidade Federal de Roraima), localizado na avenida Capitão Ene Garcez, 2.413, bairro Aeroporto, a partir das 8 horas.

A programação durante os três dias, segue o cronograma que vai de 8h às 12h e de 14 horas às 18 horas. Para a oficina foram convidados representantes da Atenção Básica de todos os municípios do Interior, além da Capital. Representantes da Casai (Casa de Apoio à Saúde do Índio) dos Dsei's (Distritos Sanitários Especiais) Leste e Yanomami deverão participar da oficina.

Com 131 novos casos de tuberculose registrados em Roraima no ano passado, a gerente do NVCT, Melise Melo, explica que a oficina tem a finalidade de estabelecer metas para o controle da doença, além de avaliar casos de subnotificação pelos municípios em 2014. “A oficina abordará a forma adequada para a realização do diagnóstico através dos sintomas apresentados pelo paciente”, explicou.

Dos casos confirmados em Roraima em 2014, a maioria (81) foi notificado em Boa Vista, entretanto o número não significa dizer que mais casos da doença foram originados da capital. “É uma das razões por qual precisamos reunir com os municípios, para encontrarmos juntos, o motivo da dificuldade em identificar a tuberculose durante os atendimentos” enfatizou Melise, explicando que alguns pacientes acabam procurando uma unidade de referência, como o HGR (Hospital Geral de Roraima) onde são notificados.

Outro ponto de discussão durante a programação será o planejamento das ações alusivas ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose que será lembrado no final deste mês.

Segundo a gerente, no evento, o estado passará aos municípios o novo material educativo sobre a doença. Cartazes, folders servirão de suporte para as ações de controle durante este ano.

Segundo Melise, a oficina vai proporcionar e incentivar os municípios e instituições afins, a melhora no atendimento que é essencial para o processo de investigação da tuberculose. “A intenção é de melhorar a detecção, acompanhamento, prevenção, comunicação, mobilização social e cumprimentos das metas pactuadas junto ao Ministério da Saúde, através de orientações que serão repassadas durante o evento”, pontuou.

TUBERCULOSE 

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

TRANSMISSÃO 

A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa, portanto, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão. A pessoa com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo. Má alimentação falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da tuberculose.

SINTOMAS 

Os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são: tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, até chegar à maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue. Cansaço excessivo, febre baixa geralmente à tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração também são sinais que devem ser avaliados e suspeitos.