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Festejos

Uso racional da água e preservação ambiental marcam novo momento da Caer.


Caer festeja 46 anos

Nesta quarta-feira, 4 de março, a Caer (Companhia de Águas e Esgoto de Roraima) completa 46 anos, com uma trajetória marcada por avanços, dificuldades, mas que, esta nova gestão, tem dedicado atenção especial para garantir o equilíbrio financeiro, expandir a rede de esgoto e iniciar um trabalho de conscientização de uso racional da água e de preservação ambiental.

Desde 1969, quando foi criada com a missão de universalizar a prestação de serviços de abastecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgoto sanitário, a Caer cresceu juntamente com o desenvolvimento de Boa Vista e do Estado de Roraima.

A primeira ETA (Estação de Tratamento de Água) começou a operar em 1972. Hoje, são três estações que operam com a capacidade de tratar 1.000 litros de água por segundo. Acompanhando essa expansão da estrutura, o atendimento que, em 1970 era de somente 30 ligações domiciliares de água, conta hoje com 99% da cidade com água tratada em Boa Vista.

A rede de esgoto não acompanhou essa expansão com tanta rapidez - hoje a cobertura da rede coletora é de 40%. Mas o presidente da companhia, Danque Esbell, adianta que esse cenário vai mudar. “Estamos com algumas obras em andamento, por isso, até o final deste ano, nossa expectativa é de que esta cobertura se estenda a 64% e que até o final de 2016 chegue a 94%”, informou.

Em um momento no qual várias regiões do Brasil têm sofrido os reflexos da estiagem, o presidente alerta para o alto índice de perdas de água no estado, realidade que coloca a Caer como segunda empresa estatal de saneamento que mais perde no Brasil, com índice em torno de 60%. Os ‘gatos’ (ligações clandestinas) contribuem para este alto índice, já que podem provocar vazamentos e gerar o desperdício.

A Caer tem se dedicado ao desenvolvimento de ações para reduzir o volume de desperdícios. “Requer muito dinamismo e muito trabalho”, enfatiza o presidente, explicando que atualmente a companhia está com a utilização do geofone, aparelho que detecta vazamentos subterrâneos, uma das formas de combater o desperdício. Há também a aplicação de multas, quando o ‘gato’ é identificado.

A Caer também vai instalar 40 mil hidrômetros em novas ligações de água e na substituição de hidrômetros danificados. O presidente ressalta que a instalação de hidrômetros é uma das ações contidas no plano de contingência elaborado pela companhia para estimular o uso racional de água nos municípios do estado.

“Nossa localização geográfica nos favorece com água em abundância e de qualidade, mas isso não nos permite esbanjar este recurso. Queremos reduzir a níveis aceitáveis os números de perda”, explicou.

MEIO AMBIENTE 

A questão ambiental também passou a ser preocupação da Caer nesta gestão. Foram iniciadas ações, como a análise fisioquímica e bacteriológica da bacia do rio Branco que, segundo o presidente, será intensificada. “Também fizemos a vistoria em todas as elevatórias de esgoto para evitar qualquer dano ambiental. Trata-se de uma ação preventiva”.

FINANÇAS 

obre a questão financeira, Esbell ressalta que está no planejamento estratégico da Caer buscar o equilíbrio econômico e financeiro da empresa. “Por isso, temos trabalhado no combate à inadimplência e às fraudes”, explicou.

PESSOAL 

Atenção que a Caer tem dedicado também aos seus 606 colaboradores. “Queremos garantir melhores condições de trabalho na Capital e Interior. Estamos desenvolvendo um plano de capacitação dos colaboradores e garantindo um ambiente digno de trabalho, com reformas estruturais sendo realizadas”, comentou.

PROGRAMAÇÃO 

Nesta quarta-feira, dia 4, será realizada uma programação especial para os funcionários em comemoração ao aniversário, a partir das 9 horas.

Meio século de dedicação à Caer

Sabá Trovão, aos 70 anos, lembra do primeiro vazamento que a Caer consertou e não quer parar de contribuir com a companhia

A vida de Sebastião Correa de Amorim, mais conhecido como Sabá Trovão, de 70 anos, se confunde à história da Caer. Ele também completará 46 anos de trabalho na companhia, o filho mais velho tem 46 anos e os outros dois seguiram o mesmo caminho do pai e trabalham na Caer. Mesmo sendo necessário se aposentar, o que ocorreu em janeiro, ele não quis parar e continuando prestando serviços na companhia.

Em quase meio século, conhece a Caer como poucos e sem precisar de documentos – ele guarda na memória fatos como a primeira rede implantada em Boa Vista, no cruzamento das avenidas Santos Dumond com a Benjamim Constant e até o primeiro vazamento que eles consertaram, no cruzamento da avenida Benjamim Constant com a rua Coronel Mota.

“Hoje temos equipamentos e é tudo mais fácil e mais rápido. Naquela época era tudo manual – enquanto hoje consertamos um vazamento em uma hora, naquela época era três a quatro horas”, lembra.

O senhor Sabá fala com muito amor e retribuição à Caer. “Criei meus cinco filhos graças ao meu trabalho na Caer. Aqui vivi muitas coisas boas. Não gosto de deixar ninguém sem água”.

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