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Hepatites virais

Prevenção e controle serão discutidos


Profissionais que atuam na vigilância epidemiológica participam da 1ª Capacitação em Vigilância Epidemiológica, que inicia nesta terça-feira, dia 3, e segue até sexta-feira, dia 6. A ação é uma promoção do Departamento de Vigilância Epidemiológica, por meio do Núcleo Estadual de Controle das Hepatites Virais. A programação será desenvolvida no período da manhã, das 8h às 12 horas, no auditório da Vigilância Sanitária, na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, em frente ao Hemocentro.

A ação vai envolver aproximadamente 18 profissionais que atuam na vigilância epidemiológica nas unidades da Capital, entre elas servidores do HGR (Hospital Geral de Roraima), Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth, Hospital da Criança Santo Antônio, Casai (Casa de Apoio à Saúde do Índio), Policlínica Cosme e Silva, bioquímicos do Lacen (Laboratório Central), e representantes da coordenação municipal das hepatites virais de Boa Vista.

Conforme a gerente do Núcleo de Controle das Hepatites Virais, Jacqueline de Aguiar Barros, serão discutidos temas relevantes sobre todas as hepatites virais. “Queremos envolver todos os servidores que já fazem parte do trabalho e os que ainda estão iniciando suas atividades na administração pública. Desta forma, vamos esclarecer de maneira ampla, quais os tipos de hepatites, formas de prevenção, características clínicas, diagnósticos, estratégias de controle”, afirmou.

A programação inclui palestras e discussão em grupo sobre estudos de caso, situações do cotidiano e execução de estratégias na Rede de Atenção Básica. Com isso, espera-se instrumentalizar os profissionais para que possam planejar a execução das ações de vigilância epidemiológica, prevenção e controle das hepatites virais no seu âmbito de trabalho, de forma rotineira. “Sabemos que quando o assunto é prevenção contra as hepatites apesar das campanhas de mobilização da comunidade, é necessário reforçar o trabalho de vigilância da hepatite, já que se trata de uma doença complexa, com quatro tipos de vírus, por isso é importante que os profissionais saibam como proceder, como colher a sorologia, quais os casos que devem ser encaminhados para as unidades de média e alta complexidades, como fazer o acompanhamento, e saber interpretar os resultados”, disse.

A proposta do Núcleo é ainda no primeiro semestre executar ações que envolvam também servidores dos municípios. “Nesse primeiro momento queremos envolver os principais atores, responsáveis pelo trabalho de prevenção e controle, em Boa Vista, no entanto, posteriormente pretendemos atender também servidores dos municípios, pois nossa proposta é que todo o Estado tenha condições de executar o Plano de Ação estabelecido para 2015. E nesse sentido as capacitações são fundamentais”, complementou. 

A DOENÇA 

A Hepatite A representou 67% dos casos de hepatites virais confirmadas em laboratório no primeiro semestre do ano passado, quando 121 casos foram confirmados por critério laboratorial, dos quais, 82 casos eram de hepatite A. No mesmo período de 2013, foram 102 casos confirmados, sendo mais da metade (55) de hepatite A.

Trata-se de uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus VHA que é transmitido por via oral-fecal, de uma pessoa infectada para outra saudável, ou por meio de alimentos ou da água contaminada. Geralmente, é na infância que se entra em contato com o vírus. Por isso, as crianças constituem grupo de risco que merece atenção.

A doença é benigna, mas potencialmente grave, pois, embora não sejam frequentes, complicações podem surgir. A vacina tomada na infância gera proteção para a vida inteira, e evita casos graves e óbitos causados pela doença. A imunização é segura e praticamente isenta de reações, mas pode provocar vermelhidão e inchaço no local da aplicação.

 

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