- 29 de outubro de 2024
Vacinação contra a doença
Na tentativa de conter as ocorrências de sarampo em Roraima, o MS (Ministério da Saúde) enviou três técnicos para capacitar os profissionais de Saúde do Estado a respeito da doença. O treinamento ocorreu na manhã desta da última terça-feira, dia 03, no auditório do HGR (Hospital Geral de Roraima) e teve como o principal objetivo, enfatizar a importância da coleta todas as informações essenciais para a elaboração de um diagnóstico preciso do Sarampo e a vacinação. Aproximadamente 60 profissionais foram capacitados.
Segundo a coordenadora-geral de Vigilância em Saúde, Daniela Souza, este treinamento é previsto pelo Ministério da Saúde a todos os estados brasileiros que notificam casos da doença.
Durante a capacitação, o epidemiologista e técnico da Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, apresentou um panorama geral dos casos de sarampo no Brasil, onde foi identificado que os lugares onde ouve surto da doença foram exatamente os que os que tiveram baixa cobertura vacinal, ou seja, as localidades que não alcançaram a meta estabelecida.
“A prevenção é sempre o melhor remédio, mas nos Estados onde já tem caso confirmado, a medida é identificar a porta de entrada do vírus, através de notificações precisas, como o preenchimento das fichas”, pontuou o técnico do Ministério da Saúde, Fabiano Marques, enfatizando que a vacinação é imprescindível para o bloqueio de um surto.
Durante a palestra, Marques esclareceu os profissionais de saúde sobre os riscos de surto. “Para podermos afirmar que um Estado não corre risco de um surto, depois de realizado todos os procedimentos de bloqueio e tratamento preconizado pelo MS, é preciso que ao passar 90 dias da confirmação da doença, não haja mais casos notificados”, explicou.
Em seguida, a técnica do MS do Programa Nacional de Imunização, Ana Carolina Cunha, reforçou sobre a importância que o Estado deve dar a vacinação. Segundo ela Roraima recebeu doses suficientes da vacina contra o sarampo. “Temos que trabalhar a sensibilização à população, tendo em vista que as doses são gratuitamente disponibilizadas e ainda assim as pessoas não se atentam para a importância da imunização”, reforçou Carolina.
Para evitar a proliferação do sarampo em Roraima, o Estado e os municípios precisam trabalhar em parceria. O Estado treina, orienta, monitora, investiga e em contra partida, a Atenção Básica, atende, notifica e encaminha o paciente suspeito ao Lacen (Laboratório Central de Roraima).
Para contribuir com as ações de combate ao sarampo em Roraima, a população precisa fazer a sua parte, que é apenas procurar um posto de saúde mais próximo de sua casa para tomar a vacina e não esquecer de levar as crianças. “Na última campanha de vacinação contra o sarampo realizada em Roraima, a meta era vacinar 95% do público-alvo, no entanto em torno de 70% foram imunizadas”, lembrou Carolina.
SARAMPO
O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações - como otite, pneumonia, diarreia, entre outras - contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.
Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará.
RORAIMA
O Brasil já eliminou a doença, no entanto no mês de janeiro um caso de sarampo foi confirmado em Roraima. O paciente, um homem de 40 anos, foi infectado na cidade de Fortaleza, durante viagem de férias. Morador do bairro Centenário, foi atendido em um hospital particular e posteriormente recebeu todo o acompanhamento das equipes do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE). Atualmente a Sesau registra outros três casos suspeitos, em que foram coletadas amostras e as quais a secretaria aguarda resultado das análises.